Ampelógrafo francês Jean-Michel Boursiquot
A Carmenère, a Cabernet Sauvignon e a Chardonnay, formam o trio de ouro da vitivinicultura do Chile da atualidade.
Na década de 1860, os vinhedos franceses, entre outros os de Bordeaux, foram atacados pela filoxera, um inseto trazido junto com as variedades americanas e que tem o péssimo hábito de devorar raízes, matando as videiras. Quando se conseguiu recuperar os vinhedos bordaleses, a casta Carmenère remanescente foi abandonada por sua fragilidade em relação a uma doença que acometia seus cachos. Assim, foi considerada extinta.
As importações de mudas de Merlot da França para o Chile deram impulso ao plantio desta casta que, posteriormente, veio a apresentar problemas na vinificação. Os vinhos traziam um certo amargor e um vegetal exagerado (pirazina).
Em 1994, o ampelógrafo francês Jean-Michel Boursiquot, estudando parreirais de Merlot, verificou manchas de videiras nos vinhedos que atrasavam sua maturação. Estudando mais detalhadamente, verificou que, pela cor carmim da brotação e por outras características, tratava-se da casta bordalesa extinta Carmenère, que tinha vindo misturada com as mudas de Merlot.
Estava, assim, marcado o advento de uma casta emblemática da vitivinicultura chilena!
No dia 16 de novembro passado, no jantar de gala de encerramento do Primeiro Seminário Colchagua Carmenère, com a presença da Ministra da Agricultura do Chile, foi prestada, pela primeira vez, uma homenagem oficial ao ampelógrafo Boursiquot, que redescobriu a Carmenère.
A Carmenère, a Cabernet Sauvignon e a Chardonnay, formam o trio de ouro da vitivinicultura do Chile da atualidade.
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