quarta-feira, 26 de agosto de 2009

DIDU RUSSO CONTRA OS BRUXOS NA SBAV

Foi na SBAV - Sociedade Brasileira dos Amigos do Vinho, dia 25 de agosto, que os presentes puderam desmistificar esta questão de vinhos orgânicos e biodinâmicos. É comum as pessoas menos esclarecidas tecerem longos comentários baseados em meias verdades, colocando esses vinhos como fruto de bruxarias e outros quetais.

O Didu, com a clareza e a simplicidade que lhe são peculiares, conduziu a todos pelo caminho do conhecimento e foi muito bem sucedido.

A agricutura química é algo de tal sorte degradativa do ambiente que deixa margem a se pensar que as famosas e respeitadas AOC francesas tês um problema com seu próprio terroir: fertilizantes e agrotóxicos de longínquas paragens, clones de outras plagas, leveduras traidoras das características que dão tipicidades aos vinhos... o terroir foi para o brejo!

Quando se fala em biodinâmica, os mal informados já comentam ironicamente de se enterrar chifres e outras práticas de preservação da natureza de um local.

Apelando para a inteligência feminina, vamos podar as videiras na mesma época em que asmulheres cortam o cabelo... na lua cheia. Conhecimentos astronômicos dão explicações a estas e muitas outras atitudes.

Quem quiser se convencer, procure assistir a uma palestra do Didu Russo. Os contrários são meros megatérios.

Boa Didu. Gostei.

sábado, 22 de agosto de 2009

VINUS E OLIVINUS - CONCURSO INTERNACIONAL NA ARGENTINA





No período de 25 a 28 de agosto, acontece em Mendoza, Argentina, mais um grande concurso de avaliação de vinhos e de azeites, com participação maciça de amostras dos principais países produtores do mundo.




O Brasil estará lá representado por vinícolas que vêm adquirindo relevância no cenário vitivinícola internacional e certamente que elas trarão muitas premiações para seus vinhos.




A indiscutível importância deste certame está na posição de especial destaque da Argentina no mundo do vinho e do azeite, além de ter na direção geral, nada mais, nada menos, que o engenheiro argentino Raul C. Castellani (na foto com Sérgio Inglez), profissional que já teve passagens profissionais pela França, Espanha e outros países, além de apresentar um vasto currículo de concursos internacionais em praticamente todo o mundo vinícola.




Sucesso garantido. Vamos acompanhar os resultados!

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

SEU VINHO É RANQUEADO WX?

Quando vamos comprar um vinho, procuramos sempre consultar o ranking para alguns ícones internacionais como RP - Rober Parker, WS - Wine Spectator, WE - Wine Enthusiast e assim por diante. Somos levados a aceitar como melhor um vinho que tem o peso da opinião de um grupo de degustadores que nada têm a ver com o paladar brasileiro ou com as combinações enogastronômicas no nosso país.

A Winexperts é uma instituição brasileira voltada à comercialização no mundo do vinho no nosso país e está reunindo experts brasileiros em um grupo para avaliar vinhos traduzindo as expectativas dos brasileiros. Trata-se do ranking WS.

Saiba tudo sobre o ranking WS no lançamento oficial na próxima sexta-feira, 28 de agosto, acessando www.winexterts.com.br.

VINHOS BRASILEIROS DE CASTAS INCOMUNS


No dia 17 de agosto passado, a revista de enogastronomia Prazeres da Mesa realizou no Zena Café (R.Peixoto Gomide, 1901 - Jardins), um painel de degustação de vinhos brasileiros varietais de castas pouco comuns.


O grupo de degustadores, coordenados pelo jornalista Horst Kissmann, avaliou às cegas 12 vinhos desta característica e se surpreendeu com algumas amostras e com o toque típico de algumas variedades. Obviamente que as opiniões e a quantificação das impressões tiveram uma relativa variabilidade. Vamos esperar a consolidação das avaliações no próximo número da revista.


De minha parte, fiquei muitobem impressionado com as amostras Identidade Casa Valduga Ancellotta 06, Larentis Reserva Especial Ancellotta 05, Angheben Teroldego 05, Identidade Casa valduga Arinarnoa 06, Marson Reserva Ancellotta 03 e Pizzato Reserva Alicante Bouschet 04.


Em uma opinião bem generalizada, a casta Ancellotta me parece que num primeiro ataque é a que mais agrada ao paladar brasileiro.

sábado, 15 de agosto de 2009

É AUSPICIOSO FALAR DE ESTRELAS, TIC!



Nos dias 04, 05 e 06, aconteceu o VI Concurso do Espumante Brasileiro, realização da ABE – Associação Brasileira de Enologia, em Garibaldi, que sendo um sexto concurso, bem mostrou a vitalidade crescente destas estrelas nacionais. Também, deu provas da evolução dos vinhos espumosos brasileiros pelo aumento de amostras inscritas por um grande conjunto de produtores desconhecidos e de grandes casas vinícolas nacionais.


Como jurado com mais de uma participação neste evento, pude comparar edições e posso afirmar que o nível de qualidade vem crescendo a ponto de tornar cada vez mais difícil a tarefa de separar somente 30% das amostras para premiação. Mas isto não é um problema, é uma enorme satisfação de apreciar e aprovar!


Foram 205 amostras inscritas por 66 vinícolas e avaliadas por um corpo de 65 degustadores das mais distintas posições no mercado, enólogos, jornalistas, escritores, professores e assim por diante. Todos trabalharam segundo as normas internacionais da Organização Internacional da Uva e do Vinho (OIV) e da União Internacional dos Enólogos (UIOE), para classificar cada amostra com uma nota e, assim, premiar de acordo com as pontuações 30% das amostras, ou seja, 62 foram premiadas.


As premiações foram: uma Grande Medalha de Ouro (pontuação no intervalo 94 a 100), 48 de Medalhas de Ouro (pontuação no intervalo 88 a 93) e 13 Medalhas de Prata (pontuação no intervalo 84 a 87). As amostras foram divididas em três categorias e dentro de cada uma foram premiados os de maior pontuação: Espumante de Segunda Fermentação (Champenoise), Espumante de Segunda Fermentação (Charmat) e Espumante de Primeira Fermentação (Moscatel).


Grande Medalha de Ouro
Dal Pizzol Vinhos Finos, Do Lugar Espumante Brut Charmat

Medalha de Ouro
Adega Chesini, Espumante Moscatel Cave del Vêneto , RS.Calza Júnior, Espumante Champenoise Brut , RS.Casa Valduga, Espumante Arte Brut, RS.Casa Valduga, Espumante Prosecco Premium Brut, RS,.Coop. Aurora, Marcus James Espumante Brut, RS.Coop. Garibaldi, Espumante Moscatel, RS.Coop. Garibaldi, Vale Real Espumante Moscatel, RS.Coop. São João, Castellamare Espumante Brut Chardonnay, RS. Coop. Aliança, Espumante Brut, RS.Coop. Pompéia, Miraggio Espumante Brut, RS.Coop. Pompéia, Miraggio Espumante Moscatel, RS.Dal Pizzol, Dal Pizzol Espumante Brut Charmat, RS.Dal Pizzol, Do Lugar Espumante Moscatel, RS.Don Bonifácio, Quinta Don Bonifácio Espumante Rosé Demi-Sec, RS.Valmarino, Espumante Champenoise Brut, RS.Estrelas do Brasil, Espumante Prosecco Brut, RS.Estrelas do Brasil, Espumante Brut Cardonnay/Viognier, RS.Estrelas do Brasil, Espumante Pinot Noir Rosé Brut, RS.La Cantina, D' Costa Espumante Charmat Brut, RS.La Cantina, D' Costa Espumante Champenoise Brut, RS.La Cantina, La Cantina Espumante Moscatel, RS.Vinícola São Luiz, Don Naneto Espumante Brut, RS.Irmãos Molon, Pietro Felice Espumante Champenoise Brut, RS.LC Marcon, Casa Geraldo Espumante Moscatel, MG.Miolo, Espumante Millésime Brut, RS.Pernod Ricard Brasil, Almadén Espumante Brut, RS.Panizzon, Espumante Brut Rosé, RS.União de Vinhos, Monarca Espumante Brut, RS.Don Laurindo, Espumante Brut Champenoise, RS.Velha Cantina, Cave Antiga Espumante Moscatel, RS.Salton , Espumante Brut Reserva Ouro, RS.Salton, Espumante Prosecco Brut, RS.Salton, Espumante Meio-Doce, RS.Cordelier, Granja União Espumante Brut, RS.Cordelier, Cordelier Espumante Moscatel, RS.Dom Cândido, CV Dom Cândido Espumante Brut, RS.Dom Cândido, DC Dom Cândido Espumante Brut, RS.Dom Cândido, DC Dom Cândido Espumante Moscatel, RS.Góes & Venturini, Vívere Espumante Moscatel, RS.Panceri, Espumante Moscatel, SC.Pedrucci, Pedrucci Espumante Brut, RS.Pericó, Cave Pericó Espumante Brut Rosé, SC.Perini, Casa Perini Espumante Prosecco Brut, RS.Perini, Casa Perini Espumante Tradicional Brut, RS.Perini, Casa Perini Espumante Nature, RS.Peruzzo, Espumante Brut, RS.Salvador, Salvattore Espumante Moscatel, RS.Viapiana, Viapiana Espumante Moscatel, RS.

Medalha de Prata
Abegê Participações, Don Giovanni Espumante Moscatel, RS.Calza Júnior, Espumante Brut Charmat, RS.Fabian, Intuição Moscatel, RS.Panizzon, Espumante Chardonnay Brut, RS.Panizzon, Espumante Prosecco Brut, RS.Faé , Espumante Brut, RS.Salton, Espumante Poética Brut, RS.Dom Hermínio, Pasini Espumante Moscatel, RS.Gazzaro, Beppe Espumante Moscatel , RS.Giaretta, Giaretta Espumante Brut, RS.Pedrucci, Espumante Moscatel, RS.Peterlongo, Espumante Prosecco Brut, RS.Peterlongo, Fino Espumante Peterlongo Demi-Sec, RS.


Para o presidente da ABE e do Concurso, Carlos Abarzúa, "o concurso é uma oportunidade para comprovar a qualidade do espumante brasileiro, já reconhecida mundialmente". Para mim, que acompanho o vinho nacional há décadas, foi a consolidação de Garibaldi como o maior celeiro brasileiro de espumantes finos. Tic!

sábado, 8 de agosto de 2009

NA SBAV-SÃO PAULO, UMA NOITE HÚNGARA

No dia 27 de julho, na SBAV-São Paulo, tivemos um jantar harmonizado pelo médico José Oswaldo Borges Cruz, cozinha coordenada por Lizzy e Manica, que trouxe o deleite dos Cárpatos, insinuando som de violinos e as vibrantes cores ciganas. A tipicidade dos pratos cumpriu o papel de destacar os vinhos de diferentes maneiras.

Para a recepção, foi servido um espumante brut, Törley Dry, com traços de melão e abacaxi, sobre uma acidez bem comportada.

Como entrada, três patês (fígado, ricota ao dill e páprica) que se combinaram diferentemente com os vinhos: o branco Aranymetszés-Balatoni, da casta Irsai Oliver, elegantemente aromática, o Versztergombi Bikavér, tinto de corte com rusticidade que pede acompanhamento, e o Mátrai Muskotály, vinho branco suave, amoscatelado.

O primeiro prato foi um delicioso filé de peixe ao molho branco, bechamel com sotaque húngaro, aromatizado com dill e enriquecido com creme de leite. Foi servido com a tradicional salada de pepino salpicada de páprica. O vinho de ótima harmonização, o Tokaji Härslevelú, um branco seco delicado e muito interessante.

O segundo prato trouxe carne com molho. A maciez e o sabor da carne (patinho) foram apurados durante horas de fogo brando. Para acompanhamento, a massinha húngara cuja aparência lembra nosso nhoque, mas não leva batata. O vinho escolhido foi um vinhaço! O tinto Vesztergombi Kékfrankos Barrique, foi um sucesso só e com o prato.

Como sobremesa, outra tradição magiar, o rocambole de nozes. É claro que o vinho foi o maravilhoso Tokaji Aszú 3 puttonyos.

(que saber mais: joborgescruz@globo.com / vinhosgyorgy@terra.com.br )