sexta-feira, 31 de agosto de 2012

CURSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DOS AMIGOS DO VINHO / SBAV-SP


CURSO DE FORMAÇÃO E INTRODUÇÃO AO MUNDO DO VINHO
 
 setembro - DIAS  3, 10, 17 e 24


Estão abertas as inscrições para a turma de setembro do Curso de Formação e Introdução ao Mundo do Vinho. Direcionado a quem está iniciando suas experiências na área, o curso aborda temas como a história da bebida, os tipos de vinho e vinificação, técnicas de degustação, compra com base nas indicações do rótulo, serviço, tipos de taça e harmonização com comida.

São 4 aulas conduzidas por especialistas no assunto, que unem teoria e prática, pois em todas elas há a degustação de vinhos. Na última aula, acontece a prática da harmonização de vinho e comida.

Confira o programa em www.sbav-sp.com.br

 
Faça já a sua inscrição!

Dias: 3, 10, 17 e 24/9 (segundas-feiras)
Horário: 19h30

Locais: Sala Miolo de Degustação, R. Estados Unidos, 96


Valor sócio: 3 x R$ 105
 
Valor não-sócio: 3 x R$ 150
Reservas: 11 3814-7905 ou vinho@sbavsp.com.br
 
 
 

VINHOS YALI - OPÇÃO CHILENA COM SUSTENTABILIDADE

A Viña Ventisquero é velha conhecida do consumidor brasileiro que vem tomando normalmente  sua linha tradicional de vinhos.  Em anos recentes foi iniciado o consumo da linha Yali.
 


A linha de vinhos Yali foi introduzida no mercado nacional pela Domno do Brasil, empresa do grupo Famiglia Valduga, em 2010. A parceria das empresas trouxe ao País os rótulos Yali Wetland Cabernet Sauvignon/Carmènére, Yali Reserva Sauvignon Blanc, Yali Wetland Sauvignon Blanc, Yali Wetland Merlot, Yali Varietal Chardonnay, Yali Varietal Cabernet Sauvignon, Yali Reserva Pinot Noir, Yali Reserva Carmènére, Yali Gran Reserva Syrah, Yali Gran Reserva Cabernet Sauvignon, Yali Edição Limitada Carmènére.

 
As vendas dos vinhos Yali cresceram 44% no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2011, conforme balanço divulgado nesta quinta-feira (30) pela Domno do Brasil, de Garibaldi (RS), importadora exclusiva da marca para o país. Os rótulos elaborados no Chile e exportados para cerca de 30 países conquistaram o público brasileiro, cada vez mais interessado em vinhos de alto nível de qualidade. Nos Estados Unidos, por exemplo, Yali é líder de mercado e a Viña Ventisquero é a segunda em vendas. A filosofia “ecofriendly” do Yali também pegou na Inglaterra, onde a marca é uma das preferidas entre os consumidores justamente no mercado com maior presença de rótulos de vinho do mundo.
 
O enólogo Sergio Hormazábal, que é o responsável técnico desta linha, vem cumprindo um roteiro brasileiro de degustações, harmonizações  e conversas com profissionais da comercialização, críticos, jornalistas e blogueiros.
 
Nesse programa participei hoje de uma degustação com harmonização no restaurante Kaa (São Paulo) na qual foram servidos os seguintes vinhos:
 
Yali Reserva Sauvignon Blanc, 2011, 13%, uvas do Médio Casablanca, sem madeira, acidez corretamente presente, equilibrada com o álcool, sensação de frescor e boca limpa, toques de frutas cítricas sobre certa mineralidade. Harmonização perfeita com os traços típicos do prato ceviche. Preço final ao consumidor: R$ 46,00.
 
Yali Reserva Pinot Noir, 2010, 13,5%, uvas de Casablanca, passagem mínima por madeira de vários usos, maceração calibrada, um vinho estruturado, equilibrado no vigor relativo da casta, um excelente exemplar de Pinot Noir com tons frutados e toques florais de violeta. Casou-se muito bem com o Salmão. Preço final ao consumidor: R$ 52,00    
 
Yali Gran Reserva Cabernet Sauvignon, 2008, 14.5%, uvas de Maipo Costa (Leida), passagem calibrada por madeira usada, traços de pimenta e ameixa preta, encorpado, leve desequilíbrio de álcool que reclama por ações específicas. Casou-se bem com a carne vermelha grelhada. Preço final ao consumidor: R$ 70,00.
 
Yali Edição Limitada Carmenère, 2009, 14%, uvas de Maipo Costa, solo profundo e bem irrigado, típico sutil herbáceo, toques de especiarias e um fundo terroso, muita estrutura e equilíbrio, o melhor vinho da noite, madeira muito bem trabalhada durante 18 meses, perfeito com a carne grelhada. Preço ao consumidor: R$ 95,00 (muitro justo!). 


 

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

A UVA NA QUALIDADE-PREÇO DOS VINHOS

Vinho é a bebida alcoólica elaborada a partir da fermentação do suco integral (mosto) de uvas sadias e maduras. A fermentação trabalha especialment sobre o conteúdo de açúcar, transformando-o em álcool, ou seja, na graduação alcoólica do vinho.As uvas sadias são aquelas que não sofreram ataque de doenças e de insetos que poderiam alterar sua composição e o gosto de qualquer bebida resultante. A madurez da uva se mede pela concentração deaçúcares na sua polpa.

Dito isso dá para se entender tranquilamente que a qualidade da uva é primordial para a qualidade do vinho. Uva pobre não resulta em vinhos minimamente aceitáveis. Uva boa, rica em conteúdo,  pode gerar vinhos de alta qualidade.

Com esses conceitos básicos em mente, podemos avançar mais na consolidação da qualidade de um vinho.

Considerando dois vinhedos de áreas iguais, vizinhos entre si, produzindo a masma variedade de uva. Esta pode apresentar distintas qualidades de acordo com os decisões do vinhateiro. Começano pelo plantio, posso adensar o plantio e dispor de mais videiras na mesma área. Nos dois vinhedos se pode limitar a produção por videira, digamos 2 kg/pé, a fim de garantir melhor qualidade da uva. Como o vinhedo adensado vai produzir mais, o preço de uva de mesma qualidade vai ser menor.  

Tratos culturais diferentes como altura da cortina vegetal e desfolhaque podem gerar resultados distintos para as cndições da uva.

Quando se estabelece o momento da colheita, em igualdade de possibilidades, a antecipação da colheita vai restringir a maturação total e influenciar negativamente na qualidade. Nesse caso, vinho de menor qualidade e de menor valor.

Na hora da colheita podem ser adotados métodos distintos, partindo da igualdade de critério para decidir a hora da vindima. Método de colheita mecanizada, manual normal ou manual com seleção de cachos. A qualidade da uva vai variar de método a método, assim como a posiibilidade de obtenção de vinhos superiores.

 

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

IBRAVIN - MARCAÇÃO CERRADA NAS INICIATIVAS FEDERAIS

 O IBRAVIN que opera um contínuo trabalho para viabilização do setor vitivinícola brasileiro vem exercendo pressão e fazendo acompanhamento próximo das providências oficiais para regularização do escoamento da produção de uvas. Esta deve ter direcionamento balanceado, uma parte de seu volume para a elaboração de vinho em quantidades realmente comercializáveis, e o restante para abastecer a indústria de essências e sucos.

Atualmente uma força tarefa formada por elementos dos ministérios do Desenvolvimento Agrário, da Agricultura e da Fazenda objetiva consolidar três medidas que vem sendo reclamadas pelo setor vitivinícola brasileiro. 

O ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Pepe Vargas, está trabalhando para beneficiar  especialmente as empresas produtoras de suco de uva, parceiras no consumo das uvas produzidas.. Juntamente  com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e com o Ministério da Fazenda, a intenção é aumentar de 30% para 50% a exigência de fruta para os sucos tipo néctar. “A medida beneficiaria os produtores de uva e laranja, que não dependem de importação”, afirma o delegado do MDA/RS, Nilton de Bem.

Duas outras propostas estão em fase final de estudo técnico. Pepe Vargas e o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, querem a concessão de um crédito presumido para as empresas exportadoras de suco. Outa medida que deve ser anunciada nos próximos dias é a retomada da redução de 50% do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) aos fabricantes de refrigerante, refresco e extrato concentrado para elaboração de refrigerante que contenham suco de frutas ou extrato de sementes de guaraná em sua composição. Este benefício caiu há alguns meses e está prejudicando a indústria de suco de uva, que sofre com altos estoques armazenados.

“As medidas vem ao encontro dos anseios do setor vitivinícola”, afirma o presidente do Conselho Deliberativo do Ibravin (Instituto Brasileiro do Vinho), Alceu Dalle Molle. Segundo ele, o setor está em busca de equilíbrio e a produção de suco é fundamental. Seguindo uma tendência dos últimos três anos, aumentou o volume de uvas comuns destinadas à elaboração de suco de uva. Na safra de 2012, 56% da uva comum colhida foi encaminhada para produção de suco. No ano passado foi 51%. Em 2004, apenas 24% da uva comum virou suco.

Esta é uma nova realidade do setor, que tem encontrado no suco de uva uma alternativa viável para o maior equilíbrio econômico e uma saída para enfrentar os altos estoques de vinhos de mesa”, diz Dalle Molle. “Mas para isso continuar ocorrendo, o suco de uva tem que contar com o apoio e incentivo do governo”, cobra.


terça-feira, 28 de agosto de 2012

CURSO BÁSICO DE INICIAÇÃO AO VINHO E À DEGUSTAÇÃO (3 aulas)

Palestrante : Prof. AGUINALDO ZÁCKIA ALBERT
      
DIAS - 13, 20 e 27 de setembro de 2012 – 5ª feiras / Horário – 20:00 às 22:00
PREÇO: R$ 440,00 (2 X 220,00)
RESERVAS – 98247 9721/3287 1703/ 3819 3897
Local – RESTAURANTE ROSMARINO – R. HENRIQUE MONTEIRO, 44 - PINHEIROS
Será entregue um DIPLOMA ao final do curso para aqueles que assistirem todas as aulas.
O Palestrante – Prof. AGUINALDO ZÁCKIA ALBERT é escritor e crítico de vinhos, ex-Presidente da SBAV-SP, Professor do Curso de Pós-Graduação em Negócios do Vinho da UniversidadeSENAC, colaborador das revistas ADEGA, GO WHERE VINHOS e FREE TIME , editor do site www.degustadoresemfronteiras.com.br e autor dos livros "O ADMIRÁVEL NOVO MUNDO DO VINHO E AS REGIÕES EMERGENTES", "SABORES DO ALENTEJO" e "BORBULHAS", todos da editora Senac.
O Curso tem por objetivo a correta iniciação das pessoas no mundo da cultura do vinho e de sua degustação. Serão transmitidos os conceitos básicos a respeito da história do vinho, as uvas, o terroir, a elaboração dos vinhos, técnicas de degustação, formação da memória olfativa e gustativa, introdução às principais regiões vinícolas do mundo, o serviço do vinho e sua harmonização com a comida, etc.
AULA I - Panorama do vinho no mercado mundial. Breve história do vinho. A videira e as uvas viníferas. Os fatores que determinam a qualidade do vinho (as cepas, o solo, o clima e a vinificação). Os processos de vinificação: brancos, tintos, rosés , vinhos de sobremesa (fortificados, licorosos e de colheita tardia) e os vinhos espumantes (Champagnes, Proseccos, etc.). A evolução do vinho: o afinamento em barricas e o envelhecimento em garrafas.
Degustação de 5 tipos de vinho.
AULA II - As Técnicas de Degustação: o exame visual, o exame olfativo e o exame gustativo do vinho. Os aromas e sabores do vinho e as características dos variados tipos de vinho. O preenchimento da ficha de degustação.
Degustação didática de 5 vinhos das principais regiões produtoras do mundo com preenchimento de ficha técnica.
AULA III - O Serviço do Vinho: escolha, compra, armazenamento, as temperaturas de serviço, a decantação, as taças adequadas, a ordem de serviço dos vinhos, a leitura dos rótulos, etc.. A Harmonização do Vinho com a Comida. Seguir-se-á um jantar de compatibilização em que serão servidos vinhos adequados aos pratos.
Degustação de 3 vinhos
O Curso é totalmente apostilado e ministrado em data show, em 3 aulas de aproximadamente 2h30 cada aula.
VAGAS LIMITADAS
Ao final de cada aula será realizada uma degustação de vinhos de boa qualidade e de várias procedências, num total de 14 vinhos.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

A ALTA QUALIDADE DO ESPUMANTE CHARMAT LONGO

Há muitos anoss, tínhamos o cuidado de avaliar um espumante começando por ler no rótulo qual era o método de elaboração empregado. Para os espumantes de maior padrão, entendia-se na época que o método tradicional ou champanhês normalmente resultava qualidade maior, perlage de volume, bolhas minúsculas e maior tempo de perlage.

Assim se avaliava os champagnes e os grandes espumantes, mirando na exuberância do borbulhamento, na pequenez das bolhinhas e na persitência, para dar notas visuais as maiores possíveis.

Anos adiante, a Chandon brasileira lançou o Excellence, amealhando premiações e reconhecimento nos painéis de degustação, cravando um marco importante na história do espumante brasileiro e nos conceitos (ou preconceitos) de avaliação porque se tratava de um espumante elaborado pelo método charmat, porém método charmat longo.

Um ponto primordial para a qualidade atribuída ao método champenoise (champanhês) era o tempo de descanso do espumante sobre as leveduras mortas, período em que acontecia o fenômeno da autólise, isto, é a liberação de elementos dessa borra para o seio líquido. Quanto mais longa a autólise, mais lenta a transmissão desses elementos e maior a qualidade do espumante: bolhas minúsculas, perlage volumoso e longo. Tsto dentro do contato próximo permitido pelo volume limitado ao de uma garrafa de 750 ml.

O método charmat original é conduzido dentro de tanques fechados de alto volume noa quais são elaboradas grandes quantidades de espumante em cada ciclo. As leveduras mortas decantam e se acumulam no fundo do reservatório. Desta maneira, o contato da borra com o volume de espumante fica muito reduzido, fator que se traduz numa qualidade inferior.

No caso do Excellence a Chandon equipou o grande tanque com um sistema de circulação das borras através de todo volume de espumante e o tempo de processamento foi alongado para representar período mais longo de autólise, repetindo condições ocorrentes no método champenoise. Esse método é o charmat longo. 

Um outro bom exemplar de epumante elaborado pelo método charmat longo é o Executivo Estra Brut da Courmayeur, cor sua cor palha e reflexos verdeis,  borbulhamento mediano, bolhas bem pequenas e com foco bem persistente no fundo da taça, corpo untuoso e com bom crescimento sobre a língua. Boca refrescante com final delicado e sutil adocicado.

 
 

   

sábado, 25 de agosto de 2012

VIÑA VENTISQUERO - A LINHA DE VINHOS "VERDES" YALI

As práticas ou tratos culturais  aplicados nos vinhedos e os procedimentos enológicos executados nas cantinas podem levar um produtor a se proteger do meio ambiente, porém atacando-o.

A capina manual ou mecânica pode ceder lugar aos herbicidas, a adubação balanceada com muitos elementos orgânicos e minerais, pode descambar para a fertilização química foliar, pulverizações com agrotóxicos podem completar o inferno astral dos vinhedos. A uva sensivelmente contaminada, por exemplo, com metais pesados, vai para a cantina e é transformada em vinho, sem antes sofrer algumas intervenções humanas com aditivos, modificadores e conservantes mais fortes. Esses são procedimentos que ficam invisíveis na copo de vinho, mas são prejudiciais à qualidade do vinho e à saúde do consumidor. 

Obviamente, a maioria das vinícolas de renome não adotam essas práticas e vem caminhando para elaborar vinhos "verdes", ou seja, que respeitam a natureza e o meio ambiente. Na italiana Frateli Bolla acompanhei o exaustivo trabalho dos laboratórios na época de recebimento de uvas de fornecedores ou dos próprios vinhedos, para não permitir a entrada de matéria-prima portando, entre outros elementos nocivos, os metais pesados e os metalóides.

No Brasil e no restante do mundo vinícola essa escola está avançando e fazendo uma grande família de seguidores. É o caso da chilena Viña Ventisquero com a sua linha de vinhos Yali que, além de seguir preceitos de conservação ambiental,  tem compromisso firmado de destinar parte dos resultados de sua comercialização em mais de 30 países para projetos de preservação do meio ambiente. Na comercialização da linha Yali são consideradas a compensação das emissões de gás carbônico do transporte, a adoção de garrafas ecológicas (mais leves), operações de reciclagem e assim por diante. A linha Yali contempla as variedades clássicas e apresenta-se em categorias distintas de estilo.

Estes vinhos estão sendo representados em nosso país pela Domno do Brasil.

 

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

IMPORTADORA MAX BRANDS TEM VINHOS PREMIADOS

 
Durante a terceira edição do evento Wine Weekend São Paulo, encerrado no domingo passado, um júri popular elegeu seus vinhos preferidos de  uma lista pré-selecionada por jornalistas e especialistas.

Os inscritos puderam avaliar e dar suas notas a todos os vinhos, preenchendo fichas de avaliação como acontece nos concursos internacionais. O evento aconteceu entre 16 e 19 de agosto, no Jockey Clube de São Paulo. Divididos em três categorias,  Grande Medalha de Ouro, Medalha de Ouro e Medalha de Prata, os vinhos premiados pelo júri popular foram computados e revelados.

 
Os Vinhos Cesari Ripasso Bozan Valpolicella Superiore 2008 (Itália) e Santa Alicia Milantu Premium 2006 (Chile) da Importadora Max Brands foram eleitos com Medalha de ouro e medalha de prata, respectivamente, mostrando a qualidade dos produtos que a Max Brands representa. Foi a única importadora a ter dois de seus vinhos premiados.

 
Os Vinhos:

O Amarone é um dos vinhos nobres da região do Vêneto. Feito pelo processo de “apassitamento”, no qual as uvas são secadas após a colheita para concentrção de açúcares através da perda de água de 30 a 40%. Para isso, descansam em esteiras horizontais em galpões cobertos e ventilados até o início de fevereiro. Esse processo gera vinho de alto teor alcoólico (15%).

      
Ripasso Bosan DOC é feito por 80% Corvina Veronese e 20%Rondinella com teor alcoólico de 14%. No aroma tem cereja, com agradáveis toques de coco, tabaco e baunilha. Em sua fermentação usa-se a técnica de re-fermentação com o propósito de fortalecer o Valpolicella com o que resta nos nobres bagaços dos Amarones Bosan. O Ripasso Bosan passa 12 meses em barris de carvalho francês, com posterior corte em barris de carvalho por mais 6 meses. Finaliza com mais 8 meses de estagio na garrafa. (Valor para consumidor: R$179,00)


Outro vinho selecionado pelo júri foi o Santa Alicia Millantu, top da vinícola Santa Alicia do Chile, da região do Valle del Maipo, feito de 48% Cabernet Sauvignon, 34% Cabernet Franc e 18% Carménère com 14,5% de teor alcoólico


Santa Alicia Millantu: o corte do vinho é uma reinterpretação do corte bordalês, à moda chilena. Trata-se de um vinho de cor rubi ,escuro e com leve halo aquoso, lágrimas finas, numerosas e densas. No nariz revela agradáveis aromas de frutas maduras e delicados toques de mentol e goiaba, com tostado e especiarias de moldura. Na boca revela muito boa acidez, maciez destacada e boa expressão. Encorpado, concentrado e longo, tem estrutura marcada por taninos de boa textura. Um vinho interessante, fortemente marcado pela Carménère, mas com a Cabernet Sauvignon perfeitamente madura para lhe dar o necessário suporte. O vinho envelhece de 18 a 24 meses em barris de carvalho francês em ambiente de temperatura controlada entre 14e16ºC. O vinho permanece engarrafado na vinícola por mais 12 meses antes da comercialização. (preço para consumidor R$ 108,00)


Você precisa de mais informações? - fale com a Max Brands - www.mxbrands.com.br

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

BRAZIL AND USA - VITIVINICULTURAL COMMON POINTS

O Brasil tem uma vitivinicultura em que predominam as castas híbridas americanas. Os vinhos brasileiros, excetuando-se os vinhos de viníferas que somam algo ácima de 10%, têm sua história ligada à revelação da uva Isabel ou Isabelle, na costa leste americana, nas décadas iniciais dos anos 1900. O clima extremamente úmido da principal região vinícola brasileira, a Serra Gaúcha, não proporcionava um desempenho aceitável das variedades européias, que não resistiam às doenças próprias da umidade.
 
Com a chegada dos imigrantes italianos à Serra Gaúcha, em 1875, eles constataram a impossibilidade de contar com vinho de viníferas e, como esta bebida é parte indispensável do dia-a-dia daquele povo, a única alternativa possível foi buscar mudas americanas que estavam chegando aos Estabelecimentos Agrícolas Marengo, vendedores de mudas em São Paulo. O proprietário, Francisco Marendo, tinha recebido as mudas de  uma variedade americana que estava faz\endo tremendo sucesso no mundo, a Isabel.
 
A Isabel inaugurou a vitivinicultura brasileira baseada em castas americanas. Depois vieram a Concord, a Catawba e outras novidades dos Estados Unidos que estavam ganhando, inclusive, lugar em vinhedos da Europa.
 
Mas não tardou a aparecer no mundo vinícola um mal desconhecido que se alojava nas raízes das videiras americanas: a filoxera. Inseto de alguns milímetros de comprimento mas que tem o péssimo hábito de devorar as raízes das videiras européias e para cuja ação as videiras americanas são tolerantes.

No Brasil nem triscou! Depois de destruídas as viníferas remanescentes, a vitivinicultura brasileira se expandiu baseada nas vidweiras americanas e o consumo nacional espelhou essa tendência e, atualmente, o brasileiro toma 80% de vinhos de híbridas americanas.
 
Lá nos Estados Unidos se produz uva e vinho em praticamente todos os estados... Logicamente predominam as americanas. Exceções na costa oeste (estados da California, Oregon e Washington) onde as viníferas dominam totalmente o cenário, oferecendo grandes vinhos, na costa leste o cenário se divide entre viníferas e americanas.
 
Na região dos Finfer Lakes participei de degustação que numa sequência vinham brancos de Chardonnay  e Sauvignon Blanc, misturados com Niagara e outros brancos de americanas.
 
As novas híbridas presentes atualmente nos Estados Unidos mostram um toque de modernidade, não acompanhado aqui no Brasil, que mantém variedades centenárias que, no entanto, não eliminam a similaridade de costumes brasileiros e norte-americanos.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

VINHOS CATARINENSES COM TODA FORÇA

Mais uma vez pude degustar um grande número de vinhos brasileiros em conjunto, o que dá uma idéia mais clara para comparações. Nossos vinhos vêm apresentando uma constante elevação de qualidade e, com isso, angariando cada vez mais apreciadores com paladar mais aguçado.

Tirando aqueles vinhos que sofrem intervenções com gotinhas enológicas malandras para enganar aqueles bebedores de vinho menos avisados, temos identificado um grande número de rótulos realmente honestos, mais do que isso, com qualidade mundial indiscutível.

Um grande conjunto de novas possibilidades tem se apresentado nas degustações oficiais e nos painéis descontraídos de apreciadores, o que é muito bom. Um detalhe que vem se impondo nessas ocasiões é a maior presença de novos rótulos ou novos produtores oriundos de Santa Catarina.

Os catarinenses estão aproveitando as vantagens climáticas que têm a seu favor nos vinhedos de altitude e assim oferecendo muitas novas opções de alta qualidade.

Como fatos constatados ultimamente, podem ser listados os vinhos da Santa Augusta, Kranz,  Hiragami, Villaggio Grando, Villaggio Bonnucci, Quinta da Neve,  Santo Emílio, Villa Francioni, Pericó, Suzin, Quinta Santa Maria e de outras mais.

É beber para crer!!!






terça-feira, 21 de agosto de 2012

TERMOS ESSENCIAIS SOBRE VINHO EM SEIS IDIOMAS


Indiscutivelmente o interesse do consumidor brasileiro pelo vinho vem aumentando expressivamente e, em paralelo, surge a necessidade de se buscar mais conhecimentos através da leitura da vasta bibliografia internacional.

Ai a porca torce o rabo! Em cada idioma existem termos específicos do "vinhês" (linguagem do vinho) e estes nem sempre estão disponíveis nos dicionários comuns, mesmo porque são termos próprios da enologia, da enogastronomia e de degustação em si, cujo conhecimento vem se tornando essencial..

Cada vez mais as pessoas querem desfrutar intensamente dos prazeres do vinho trazendo à tona a necessidade de se adquirir os conhecimentos apropriados do que é terroir, das variedades importantes para os principais vinhos, detalhes de cultivo e de colheita, diferentes processos de vinificação, tratamentos, amadurecimento, guarda e serviço.

Por outro lado, a enogastronomia vem impondo que se multipliquem os profissionais de serviço, garçons, maitres, sommeliers, gerentes de adega e de restaurantes, criando um mundo distinto com um rico vocabulário próprio.

Ao socorro de toda essa gente vem Roberta Malta Saldanha, que escreveu o Minidicionário de Enologia em Seis Idiomas, produzido do pela Editora Senac do Rio de Janeiro. O livro não materializa apenas um glossário de verbetes técnicos porque, além de descrever o significado dos termos, traz as entradas relacionadas em ordem alfabética, com definições em português seguindo-se de suas versões para inglês, espanhol, francês, italiano e alemão. Quando pertinentes, são mostradas as variações de sentido entre o inglês americano, britânico e canadense.

Os verbetes abrangem assuntos ligados às técnicas de degustação, processos de vinificação e mesmo detalhes importantes de viticultura, usando de linguagem acessível a todos os níveis de conhecimento específico.

Como parte do estilo da autora, Roberta revela, com boas doses de humor, dicas e curiosidades desta bebida cuja origem remonta a aproximadamente 6.000 a.C. e procurou dirigir o texto a chefs, restauranteurs, sommeliers, estudantes, profissionais e amantes do vinho.

O livro tem 184 páginas, formato 11 x 15,5 cm, preço R$ 35,00.

Maiores informações: marcela.prior@rj.senac.br  /  danielle.borges@rj.senac.br   fone (21) 3138 1240 / 9781 8114

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

ATRÁS DAS BARBAS BRANCAS DO VINHO

Pouco se tem falado sobre a idade da bebida vinho ou estudado as suas verdadeiras origens.

Fala-se em videiras européias, as clássicas viníferas, porém estas foram a conseqüência de muitas mutações somáticas ao longo dos milênios na peregrinação desde o refúgio armênio (Geórgia e Armênia) até a Europa Ocidental.

A menção por escrito  mais antiga que se tem do vinho está na bíblia, quando Noé aportou nas encostas do monte Ararat, nas quais encontrou videiras com vistosos caixos de uva. Foi um alimento muito apreciado pelas delícias da polpa bem doce. Sobras e restos de cachos de uva deixados em um recipiente qualquer, sofreram a fermentação natural expontânea e, pronto, apareceu  um vinho original. Noé não teve dúvidas e experimentou, aprovou e se esbaldou com o vinho. As fofocas bíblicas dão conta de que após tomar "todas" Noé se despiu em público e envergonhou seus familiares. A bíblia abordou um lado negativo que não é comum no mundo do vinho. Essa referência pode ser localizada na "safra" 4.000 a.C.

As imprecisões da bíblia sugerem que deva sair à busca de evidências mais confiáveis.

O homem começou a se transformar do nomadismo para o sedentarismo a partir aproximadamente do ano  10.000 a.C.  descrevendo um lento processo de fixação a terra que talvez tenha efetivamente consolidado a agricultura por volta de 8.000 a.C. Nessas condições, o uso das ânforas desempenhou um papel primordial na coleta ou colheita, e guarda dos bens. Neste caso, com grande antecedência em relação ao farofeiro Noé, o vinho deve ter sido descoberto no fundo de uma ânfora com restos de uvas ali guardadas e nunca mais deixou de ser elaborado.

Para tornar menos factível a proeza de Noé, arqueólogos encontraram na Armênia restos de uma vinícola (a mais antiga até agora descoberta) com ruinas de recipientes de barro com capacidade maior do que 50 litros, vestígios de sementes e restos de uva esmagada, cacos de vasilhas diversas e até uma caneca. Pela análise de carbono, trata-se de instalação construída entre 4.100 e 1.000 a.C.

Vamos esperar que novas descobertas possam encontrar aquelas ânforas ancestrais com reíduos que identifiquem vinhos de safras mais antigas ainda.

domingo, 19 de agosto de 2012

VIAGEM A PORTUGAL COM ORIENTAÇÃO DE ENÓLOGA

Neste mês de agosto, a Vinho & Arte, junto a Porto Brasil Viagens, está lançando a viagem enoturística "Portugal, Tour de vinhos - 3a Edição - 31 de outubro a 12 de novembro", na qual o visitante poderá disfrutar, dentre outros eventos, de visitas especiais, jantares enogastronômicos, muita história e cultura lusitana. Um dos pontos que devo destacar é o acompanhamento por uma enóloga de peso, Maria Amélia Duarte Flores, da Vinho & Vida.


O Programa oferecido é o seguinte:


A viagem:

Com acompanhamento da enóloga Maria Amélia Duarte Flores (Vinho & Arte) e organização da Porto Brasil, integra a programação de viagens para apreciadores de vinho, boa mesa e paisagens, onde destinos como Espanha, Itália, França, Chile e Argentina (Mendoza e Patagônia) já foram contemplados. Com a facilidade de vôo direto Porto Alegre/Lisboa, a generosidade da terra portuguesa (que recebe muito bem os visitantes) e preços favoráveis em comparação com outros destinos europeus, o projeto, iniciado em 2010, chega a seu terceiro grupo. Os grupos são limitados a 15 participantes, garantindo a exclusividade da proposta.
 
Mais do que visitar vinícolas, nestas viagens vivenciam-se conceitos de Wine Experience: cada momento é único, cada visita é surpreendente. Além das vinícolas, é a oportunidade de conhecer vilarejos fora do eixo turístico, observar belíssimas paisagens e desfrutar alta gastronomia. São alguns dos pontos altos da viagem:
 
Passeio de barco pelo Rio Douro - inesquecível. Saindo de Vila Nova de Gaia, vamos subir o rio Douro em direção a Peso da Régua. Esta é considerada uma das mais lindas paisagens de vinhedos do mundo, considerada Patrimônio da Humanidade. No caminho, provar e confraternizar com diferentes Vinhos do Porto. Ao final, hospedar-se no Hotel Acquapura, às margens do Rio, para curtir ao máximo cada curva, cada vinhedo deste magnífico cenário.

Jantar Especial na Quinta das Lágrimas, Coimbra - para sentir todo o romantismo de Pedro e Inês de Castro. Junto aos vinhos da reconhecida enóloga Filipa Pato, ícones da Bairrada, preparamos um jantar em um dos melhores restaurantes de Portugal: Arcadas, do hotel Quinta das Lágrimas. Grandes vinhos e alta gastronomia, em um ambiente encantador.

O Charme das pequenas Quintas - no roteiro você visitará quintas familiares, poderá conversar com os proprietários, ter acesso a vinhos exclusivos. Desde o Douro, na Quinta do Vale Dona Maria, a Barbeito, na Ilha da Madeira, degustações e experiências inesquecíveis. Vinhos de coleção.

Uma nova forma de ver Portugal - o passeio alia cultura, gastronomia, degustações, turismo e história. Mais do que conhecer adegas e provar grandes vinhos, você conhecerá o terroir, a identidade, visitando pequenos vilarejos, descobrindo novos lugares: desde a paz do Alto Douro, as Herdades alentejanas e os vilarejos isolados do norte da Madeira até o agito de Lisboa, o tour convida a aprender e desfrutar.

"Mais do que uma viagem, uma experiência gastronômica para guardar na memória e no coração. Um tour de afeto, retorno as origens."
 
SERVIÇO:
Portugal, Tour de Vinhos
de 31 de outubro a 12 de novembro
Viagem que reúne história, gastronomia, cultura e muito vinho!
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Porto Brasil Viagens - http://www.portobrasil.com.br

Saída de todas as partes do Brasil.
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sábado, 18 de agosto de 2012

EVENTO SERRA WINE WEEK 2012 COM RÓTULOS DO VELHO AO NOVO MUNDO


Neste 4º ano, o Serra Wine Week, que será realizado de 06 a 16 de setembro de 2012, no centro de Petrópolis, assim como em bairros e distritos, e vai oferecer rótulos que transitam entre a tradição e a inovação. O curador Claudio Gomes, juntamente com o organizador Rogério Elmor e a importadora Ruby Wines optaram por vinhos da Europa (velho mundo),  Oceania e América do Sul (novo mundo) que serão vendidos pelo mesmo preço em 24 restaurantes e no coquetel do Shopping Vilarejo, em Itaipava. 

Dependendo do paladar, os rótulos europeus podem acompanhar carnes vermelhas, brancas, pratos sofisticados ou delicados. Do velho continente, os escolhidos são: Espumante Incanti Brut (Itália), Rosso della Maremma Toscana Capannacce (Itália), Negreiros Douro (Portugal) e Pinot Noir La Baume (França). Diretamente da Austrália, o promovido foi o Bremerton Matilda Cabernet Shiraz, indicado para carnes de caças e molhos apimentados. Os exemplares sul-americanos são  Punti Ferrer Carmenere  (Chile) e Don Martino Malbec (Argentina).


 VINHOS ESCOLHIDOS COM COMENTÁRIOS DO CURADOR CLAUDIO GOMES:


1)  Espumante Incanti Brut / Itália Comentário: "espumante leve, com aromas de frutas cítricas, bela concentração de borbulhas e bom perlage. Ótimo aperitivo, acompanhando pratos leves de carnes brancas, peixes e saladas." Preço: R$ 31,00.

2) Rosso della Maremma Toscana Capannacce/ Itália/ Safra 2007 Comentário: "vinho complexo nos seus aromas que remetem a frutas, cogumelos e folhas secas. Elegância e sofidticação são suas marcas, com corpo médio e equilibrado. Acompanha bem embutidos, pratos com cogumelos, carnes vermelhas e massas com molhos pomodoro, bolonhesa, pizzas diversas etc." Preço: R$ 78,00.

3)  Negreiros Douro / Portugal/ Safra 2007 Comentário: “vinho duriense de corpo e alma que traz o forte de sua região com todos os predicados possíveis. Grande estilo e corpo, prazeroso no olfato e no paladar. Pede pratos mais sofisticados e bem elaborados. É de uma diversidade única, podendo ir do Bacalhau ao cozido, cabrito assado e etc.” Preço: R$ 99,00

4) Pinot Noir La Baume ? França / Safra 2009 Comentário:"belo exemplar de Bourgogne, com aromas de cassis, amnoras e outros frutos do bosque. Fino, elegante e harmonioso. Pratos delicados e bem elaborados são seus acompanhamentos ideais. A versatilidade permite que ele vá de carnes até salmão e peixes com molhos forte e ensopados." Preço:  R$ 85,00

5) Bremerton Matilda Cabernet Shiraz / Austrália / Safra 2010  Comentário: "Esse corte muito comum na Austrália cria vinhos de intensidade aromática e gustativa com um aveludado incrível. Aromas de frutas vermelhas, especiarias como a pimenta do reino, leve tostado de carvalho, com baunilha e leve achocolatado. Indicado para pratos com carnes e molhos apimentados como o Poivre e também cordeiro e carnes de caça." Preço: R$ 59,00

6) Punti Ferrer Carmenère / Chile / Safra 2010  Comentário:"Carmenère clássico.com aromas vegetais, frutas negras, leve toque floral e corpo médio. Acompanha bem carnes vermelhas com molhos leves." Preço: R$  44,00.

7) Don Martino Malbec / Argentina / Safra 2010   Comentário: "Vinho com maciez e corpo. Um típico Malbec argentino, com aromas de frutas frescas, devido a sua juventude, porém já pronto para ser consumido, harmonizando com carnes gordurosas, como picanhas, carnes assadas e com molhos mais fortes." Preço R$ 59,00.

Luciane Fortunatto / Assessora de Imprensa / (24) 9993-0793




sexta-feira, 17 de agosto de 2012

DOMNO DO BRASIL (VALDUGA) DIVULGA SEUS VINHOS


Nesta semana, desde dia 15 até 19 de agosto, a Domno do Brasil, de Garibaldi (RS), estará presente em três feiras nacionais: na Vinum Brasilis, em Brasília, na Wine Weekend, em São Paulo, e na Mostra Internacional de Vinhos, em Campinas. O roteiro de exposições apresentará os vinhos nacionais e importados (Argentina, Chile, Portugal e França) da Domno a cerca de 5 mil pessoas. “Será uma maratona de divulgação das marcas que produzimos e importamos e um grande momento para a realização de novos negócios”, afirma o diretor-administrativo da Domno, Jones Valduga.

Até 19 de agosto no Jockey Club de São Paulo, a Wine Weekend vem promovendo “um final de semana prolongado dedicado aos prazeres, à cultura e aos negócios do vinho. O evento também tem um júri popular para avaliar os vinhos comercializados no Brasil, no qual os visitantes do evento degustam, provam e aprovam os melhores rótulos expostos.
E para fechar a agenda, a Domno divulgará seus rótulos no interior de São Paulo, durante a Mostra de Campinas, como é conhecida, nos dias 18 e 19 de maio, no Royal Palm Plaza Resort Campinas, evento que tem sido apontado como o maior do setor de vinícola da região.
“As três feiras têm o compromisso de apresentar ao público os mais novos e melhores produtos presentes hoje no mercado e os vinhos produzidos ou trazidos ao Brasil pela Domno se enquadram nesse perfil”, destaca Jones Valduga. Além disso, o diretor aponta que o mercado nacional de consumo de vinhos finos tem alto potencial de expansão, por isso a Domno pretende ampliar a produção e a comercialização de vinhos. “Somos otimistas e queremos, cada vez mais, ampliar o volume de negócios, algo que é viabilizado com competência pelas feiras especializadas de nosso setor”, completa o diretor.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

QUE TAL UM ROBUSTO TANNAT URUGUAIO?

O nosso vizinho vinícola mais próximo é o Uruguai, origem de produção de bons vinhos tintos e brancos. Pela proximidade e pela facilidade de se viajar através daquele pequeno país, vale a pena traçar um roteiro passando pelas distintas áreas produtoras.

A história da vitivinicultura uruguaia é interessante e não deixa de ser outro exemplo para o desorientado vinho brasileiro. Como ocorreu com o Brasil, enquanto o Uruguai era a Província Cisplatina, colonizada pelos portugueses, não houve interesse de se implantar a produção de vinho no país.

Passando para a esfera do domínio espanhol, as coisas começaram a mudar. 

Em 1726, por ordem real da Coroa Espanhola, vieram as primeiras 26 famílias para a fundação de Montevideo. Em 1835, após o final da guerra de emancipação, havia pérgolas de quintal com videiras de uva de mesa e, às vezes, para elaboração de vinhos em pequena escala para consumo familiar.

Em 1837, chega ao Uruguai o catalão Francisco Vidiella, que foi o introdutor da variedade Folle Noire, com a qual formou vinhedos e recebeu o primeiro prêmio governamental de 60 mil pesos, pela elaboração de volume acima de 60 barricas de vinho. Esta casta viria a tomar o nome do introdutor e passou a ser conhecida por Vidiella.

Em 1838, chega o basco Pascual Harriague, que trouxe em sua bagagem vinda da Espanha, a variedade Tannat, com a qual formou amplos vinhedos e recebeu o segundo prêmio do programa de incentivo do governo, para produção volumes de vinho acima de 20 barricas. Esta casta ficou conhecida como Harriague ou Lorna Harriague.

Com estas e outras introduções, formou-se em Juanicó no período de 1840 a 1855 um vinhedo de 50.000 videiras . Em 1870, tem início a vitivinicultura comercial no país, com a implantação de vinícolas tradicionais como Vinos La Cruz (Arocena  - 1887), Los Cerros de San Juan (1897),  Bodegas Faraut (1900), Toscanini (1908), Irurtia (1910), Santa Rosa/Carrau (1920) e outras.

Em1917 teve início o ensino de enologia na Faculdade de Agronomia e, em 1948, foi fundada a Escola de Enologia, da Universidade del Trabajo. Em 1987, um decreto de lei do governo criou o INAVI – Instituto Nacional do Vinho. A administração do INAVI é exercida por um conselho de nove membros: três do Governo e seis representantes das iniciativas privadas (viticultores, vinicultores, adegas e cooperativas).

Em 1993, têm início as exportações que culminaram por chamar a atenção do mundo para o Uruguai e , em 1999, disparam os investimentos estrangeiros no país.

O vinho uruguaio teve seu advento definitivo no início do presente milênio e foi se firmando no cenário internacional a ponto de hoje ser uma origem muito respeitada no mercado. O bom trabalho desenvolvido sobre a casta ícone do país, a Tannat, garantiu presença e competitividade com relação a muitos dos rótulos franceses do Madiran.

 

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

SEM PISAR NA BOLA

Já tenho apresentado muitas idéias para um vinho brasileiro melhor. Falo isso na condição de quem defendeu o produto nacional quando ele era simplesmente detonado pelos consumidores brasileiros. Consegui colocar vinhos brasileiros em algumas cartas de vinho importantes de São Paulo.

Porisso tive, também, a autoridade de criticar duramente em reuniões com o Ibravin, em entrevistas televisionadas, em artigos e no meu blog, aquelas iniciativas que classifiquei de excrescências butrocráticas, quais sejam: selo de garantia de origem e salvaguardas aio vinho nacional.

Ocorre que, se há excedentes de produção não comercializados, estes deveriam ser direcionados a outro tipo de utilização, quer como álcool vínico, quer como destilados... Ou lançados no esgoto. Os responsáveis pela produção nacional deveriam fazer como os argentinos, produtores e consumidores, que elevaram o nível de qualidade ao mesmo tempo em que reduzindo volumes.

No Brasil é diferente, o consumidor é chamado para pagar a conta da incompetência do segmento. Mas, mesmo com a agenda repleta de besteiras, o Ibravin está encontrandoo caminho para tocar em alguns pontos cruciais de suas reais funções, trabalhando medidas importantíssimas para o nosso vinho.

Essas medidas ou políticas gerais para o segmento deveriam ser a bandeira de toda a cadeia produtiva de vinho no Brasil, incluindo os consumidores, todos opinando, organizando abaixo-assinados e coisas do gênero. Adiante vêm três das medidas que entendemos corretas para direcionar os esforços do Ibravin e outras entidades, que estão sendo conduzidas, talvez não com a ênfase que mereçam:

1 – Programa de Modernização da Vitivinicultura. Este tem por objetivo promover um avanço tanto na base tecnológico de produção da uva e de elaboração dos produtos quanto no estabelecimento de uma nova relação entre os segmentos vitícola e processador.

Opinião do Blog: Os produtores de uva e do vinho deixariam de produzir quantidade e elevariam a qualidade dos vinhos nacionais. Os vinhedos de híbridas passariam por uma gradual reconversão para castas viníferas.

Com base em instrumentos de crédito já existentes em programas do Governo Federal – Pronaf, Pronaf Mais Alimentos e PSI-BNDES – e numa normativa técnica orientadora dos empreendimentos propõe-se o reordenamento parcial do setor de modo a conciliar os interesses de produtores de uva e elaboradores de sucos, vinhos e outros derivados a partir do estabelecimento de contratos de compra e venda da produção. Neste contexto verifica-se a existência de uma lacuna relativa à Assistência Técnica e Extensão Rural, fator de extrema importância para a implantação e sucesso deste programa junto aos viticultores aderentes.

 2 – Simples Nacional – Alteração da Lei Complementar nº 123 de 14 de dezembro de 2006, em seu artigo 17, Inciso X, letra b.1 que estabelece a proibição da inclusão na legislação do Simples Nacional das bebidas alcoólicas, de modo a expandir os benefícios desta legislação àquelas vinícolas cujo faturamento anual não ultrapasse o valor de R$ 3,6 milhões.

Opinião do Blog: esta uma medida urgente para o nosso país consumir mais vinho brasileiro, sem querer restringir o nosso direito de consumir os importados. Os vinhos importados são importante reguladores e referências de qualidade para o mercado


3 – Vinho Artesanal – Encontra-se em tramitação no Congresso Nacional projeto de Lei que regulamenta a produção artesanal de vinhos e derivados da uva e do vinho, o qual vai permitir que viticultores da agricultura familiar possam beneficiar sua produção primária elaborando artesanalmente vinhos, sucos e vinagres, de acordo com a proposta do Grupo de Trabalho Multiinstitucional sobre vinhos, sucos e vinagres coloniais/artesanais, subscrito pela Embrapa, Emater/Ascar, Ibravin, IFRS, UFRGS, Centro Ecológico, MAPA e já encaminhado à Comissão de Agricultura e Pecuária da Câmara Federal.

Opinião do Blog: Num país com alta produção de vinhos zurrapas de híbridas americanas este seria o caminho para viabilizar milhares de pequenas propriedades: eliminar por lei o vinagre sintético (este sim uma zurrapa que atenta contra a saúde pública), obrigar o aumento de suco de uva em sucos artificiais e assim por diante

terça-feira, 14 de agosto de 2012

IMPORTADORA MAX BRANDS PROMOVE OS ARGENTINOS SOTTANO


A importadora Max Brands promove esta semana vários wine-dinners pelo Brasil com seus vinhos argentinos da marca Sottano, produtora do conceituado Judas, marcando o aniversário de três anos da parceria da vinícola com a importadora. O diretor da empresa, Sebastian Olalla, vem acompanhar os eventos e apresentar a nova embalagem de sua linha Sottano Reserva. Em São Paulo recebeu consumidores no Pobre Juan dia 13 de agosto e outro no Bendito Cacao, em aldeia da Serra.

A Sottano é a produtora do conceituado vinho Judas, top da vinícola. Com este vinho conseguiram “a máxima expressão de nossa variedade ícone e a prova cabal de todo o potencial que tem a malbec em Mendoza” segundo palavras de seu enólogo Adrián Toledo.
Os Vinhos
A Sottano produz 4 linhas de vinhos: Sottano Classico (em torno de R$53,00); Sottano Reserva (R$75,00) passa 12 meses em barricas novas de carvalho, sendo 70 % francês e 30 % americano; O Sottano Reserva de Familia (R$85,00) também passa 12 meses em barricas novas de carvalho, sendo 70 % francês e 30 % americano e ainda descansa 12 meses na garrafa.
Seus vinhos obtiveram boas premiações internacionais. Das safras que estão sendo comercializadas no Brasil o Sottano Reserva De Família Malbec 2008 obteve 91 pontos no Wine Advocate de Robert Parker; o Sottano Reserva Malbec 2010 obteve 91 pontos no Wine Enthusiast e 90 pontos do Parker, Wine Advocate. Já o Sottano Clássico Malbec 2009, vinho de entrada da Bodega, obteve 88 pontos do Parker.
Judas
Seu vinho ícone, o Judas (R$ 240,00), passa em torno de 18 meses em barricas de carvalho de primeiro uso sendo 70 % francês e 30 % americano. Não é filtrado nem clarificado. Segundo seu enólogo, o Judas possui belo equilíbrio entre uma grande intensidade de cor, num nariz explosivo e um volume em boca muito persistente. O vinho é feito de Malbec de um vinhedo de 75 anos de idade, com um rendimento muito baixo e estágio de 20 meses em barricas novas. Este resultado é obtido pelo cuidadoso processo de elaboração e o extremo cuidado com as uvas o ano todo.
A safra comercializada no Brasil agora é a 2007, com 3 estrelas na Decanter e Medalha de Prata no International Wine Challange.
Segundo seu enólogo, “a colheita 2007 foi muito saudável com grande amplitude térmica, o que nos permitiu atingir ótimo grau de maturidade antes da colheita, resultando num vinho com muita cor e muito expressivo nos aromas”, analisa Toledo.
O Nome

A origem do nome Judas é curiosa. A família Sottano queria uma produção limitada desse vinho, para consumo exclusivo. Doce ilusão! Um membro da família decidiu compartilhar a maravilha que criaram com colegas, que abismados com seu sabor e complexidade, espalharam a noticia sobre este vinho excepcional.
Diante de muitos pedidos, começaram a vender algumas garrafas sem a família saber, mas o segredo não durou muito e em poucos meses a cidade inteira estava sedenta pelo vinho. A saída foi contar a sua traição para a família, que decidiu, então, aumentar a produção e coloca-la a venda. Daí seu nome...JUDAS!
História:

O fundador da Sottano foi Don Fioravante Sottano, um dos pioneiros de vitivinicultura em Mendoza. Proveniente do Veneto, na Itália e estabeleceu-se nesta região em 1890. Hoje a Bodega é administrada por seu filho Ricardo seus netos Diego, Pablo e Mauricio. Trata-se de uma vinícola de Boutique, devotada exclusivamente a vinhos de alta qualidade.
Estão localizados em uma das melhores regiões de Mendoza para a produção de uvas de alta gama, com privilegiada condições climáticas, a 30 km de cidade de Mendoza em direção ao Chile. A Sottano conta com a majestosa presença da Cordilheira dos Andes ao seu lado.
Possuem 30 hectares de vinhedos próprios em Perdriel e 10 hectares próprios em Tupungato. 100% de suas videiras são cobertas com manta anti-granizo e regadas por gotejamento, com a condução vertical tradicional. A colheita é manual em caixas de 12 kg, com bagos selecionados manualmente.

Suas instalações são muito modernas com tanques de aço inoxidável, umidade e temperatura controlada o ano todo. Usam o sistema de gravidade para transferir o vinho e possuem 400 barricas de carvalho, sendo 70% francês e 30% americano. A sua capacidade de produção é de aproximadamente 500 mil litros com capacidade de armazenamento em tanques de aço de 25 mil, 20 mil, 10 mil, 5 mil e 2500 litros, o que permite um melhor controle de qualidade.

Importadora Max Brands
A Importadora Max Brands, de Alexandre Fadel, completa 4 anos de existência com nova imagem visual e novo site. A Max Brands visa construir suas marcas no mercado brasileiro, para trabalha-las em longo prazo. A empresa, ainda construindo deu portfólio, evita trabalhar com produtos conflitantes. Hoje trabalham com duas linhas de vinhos argentinos, dois italianos, Piemonte e Vêneto, um Chileno, um de Portugal do Tejo e uma linha francesa off trade.

RELEMBRANDO O CASO NEOZELANDÊS DO VINHO

Tenho citado muito o trabalho oficial realizado na Nova Zelândia para mudar a vitivinicultura nacional dando-lhe condições para enfrentar o predomínio dos vinhos australianos no mercado doméstico. É fato recente e que serve de exemplo para os países de vitivinicultura séria.

A vitivinicultura neozelandesa teve sua origem nos primeiros dias de colonização no ano de 1833, com a chegada ao país do residente britânico James Busby, que trouxe consigo uma variada coleção de variedades de videiras européias. Se essa iniciativa não gerou a produção comercial de vinho no país, pelo menos plantou a idéia que se manteve viva nos quintais. 

No início dos anos 1900, a vitivinicultura foi apoiada pelo governo que criou um viveiro experimental de mudas de videiras em Te Kauwata. Das primeiras produções de uva deste viveiro que se transformaram em vinho, foi remetida amostra para o concurso Exibição Franco-Britânica de 1908, em Londres, participação que lhe rendeu uma medalha de ouro. 

Desde 1902 que se multiplicaram as iniciativas vitivinícolas dando a impressão de que a indústria do vinho iria se consolidar definitivamente na sua área plantada que alcançou extensão ao redor de 240 hectares.

Não muito mais tarde, por volta de 1930, o panorama havia se alterado completamente face ao desânimo dos viticultores, restando apenas 80 hectares de vinhedos em cultivo. Dois fatores foram críticos na geração desse processo: a Prohibition Law (lei seca contra bebidas alcoólicas) e a Filoxera (praga que ataca as raízes das videiras matando-as). Completou o quadro a grande depressão econômica mundial.

Um detalhe interessante sobre o mal causado pelo falso moralismo dos puritanos foi que até 1968 era proibido consumir bebidas alcoólicas em trens, até 1969 nos teatros, até 1970 nos aeroportos e, pasmem, até 1971 nas boates! 

Por seu turno, uma consequência da Filoxera foi o aumento de vinhedos de híbridas americanas (tolerantes à praga), atingindo  em 1960 cerca de 60% da área de videiras que não chegava a 400 hectares. A partir daí ocorreu uma reação nacional e os vinhedos foram sendo aumentados vertiginosamente porém, com reversão total da composição disciplinada por normativa legal: 1970 - 1470 hectares - 57% viníferas; 1975 - 2.350 hectares - 72% viníferas; 1980 - 4.850 hectares - 91 % viníferas; 1986 - 5.550 hectares - 95% viníferas.

Atualmente a área plantada ultrapassa 6.000 hectares com quase total paricipação das viníferas, predominando Chardonnay, Sauvignon Blanc, Cabernet Sauvignon, Merlot e Pinot Noir. 


segunda-feira, 13 de agosto de 2012

PIRÂMIDE DA QUALIDADE DOS VINHOS

Uma avaliação superficial da produção mundial de vinhos mostra que a distribuição dos rótulos pelos distintos níveis de qualidade e respectivos volumes, resultam uma figura aproximadamente piramidal. Na base um grande volume de vinhos de qualidade comercial, no topo os icones de qualidade excepcional.

Assim funciona em toda parte do mundo, de São Roque à Borgonha! Qualquer produtor trabalha o mercado com níveis diferentes de qualidade visando atender às exigências dos seus diversos padrões de consumidores. Se uma pessoa visita o Romanée-Conti e está disposto a adquirir uma caixa dos seus lendários vinhos, normamente sai com uma caixa mixta, com níveis diferentes de sofisticação e de preço  que, mesmo resultando num valor ainda salgado, é bem menor do que seis garrafas dos rótulos ícones.  Se visitamos uma vinícola em São Roque, poderemos escolher desde os garrafões de zurrapa até garrafas bordalesas com vinhos de viníferas. Cada bolso se dirige para um nível de qualidade e preço de vinho!

Não é nada fácil para um pricipiante entender rapidamente o complexo mundo do vinho. A produção mundial já ultrapassa a casa dos 30 bilhões de litros anuais. Mais da metade deste impressionante volume vem da França, Itália e Espanha.

Vamos tomar como exemplo a França, já que vinho francês para os pouco ilustrados é sempre sinônimo de alta qualidade. Embora esses números oscilem ano a ano, podemos atribuir à França uma produção anual mínima de 6 bilhões de litros, quantidade que se distribui em uma pirâmide, desde zurrapas agressivas na base, até ícones inalcansáveis no topo. Aproximadamente, 50% daquele volume, ou seja, 3 bilhões de litros de vinhos são do grupo desclassificado de Vin de Table (1,8 bilhões) ou do grupo básico de Vin de Pays (1,2 bilhões). A única vez que fui parar em uma enfermaria, foi na França, por causa de um péssimo e muito batizado Vin de Table que tomei!

É muito comum ouvir comentários de falsos entendidos que, mostrando pouco conhecimento de vinho,  soltam a língüa atribuindo generalizadamente a uma determinada origem (país, região ou produtor), preconceito do tipo "só produz zurrapas".

Se o cabeça-de-ostra afirma isso, por exemplo, dos vinhos da Cooperativa Aurora, que é a vinícola brasileira mais premiada no Exterior, certamente está demonstrando sua crassa ignorância. Esse "crítico" está comparando abacate com lâmpada de 200 W! No escuro da sua ignorância e na distância da sua falta de critérios, as formas até que podem enganar aos mais distraídos! 

Qualquer que seja a origem de um vinho ele estará sempre retratando a qualidade da uva colhida e as práticas enológicas. Um vinho corrente francês resulta de alta produtividade por videira e da adição de vinhos baratos originados do norte da África. Não é correto compará-lo com quyalquer vinho de qualidade mundial elaborado no Brasil, como também é injusta a comparação  de vinho brasileiro bom, nível de preço R$ 60,00, com vinhos ícones de preços muito altos.  

A produção brasileira de vinhos, desconsiderando a maior parte que realmente é zurrapa bseada em uvas híbridas americanas, gira em torno de 60 milhões (valor chutado) que também estão distribuídos em uma pirâmide de qualidade e volume. Na base estão vinhos simples para consumo corrente e no topo estão vinhos premiados e exportados para a Europa, Canadá, Estados Unidos etc.

domingo, 12 de agosto de 2012

ANDO MEIO DESLIGADO...

Em meados da decada de 1960, nos extertores dos anos dourados, a juventude pode cantar essa música sob os efeitos políticos de um maluco como o Janio, de um esquerdinha vazio como o Jango e o autoritarismo ingênuo dos militares. Muito se discutia de política, com brigas acaloradas defendendo inocentemente "ideais socialistas", até que atingimos o auge, já na atualidade, com a parceria do Lula com o Maluf!!!  Poderíamos exclamar:  Pô, essa é do peru! Mas não é do Peru! Só poderia ser do Brasil mesmo!!!.

Mas esse não é meu tema preferido, até porque, política, futebol ou religião são assuntos sem lógica ou coerência que não merece perda de tempo em discussões intermináveis. Prefiro discutir se o melhor Cabernet Sauvignon é o chileno ou o sulafricano! Tem consistência...Cor, Aroma e Sabor.

 
Mas andei meio desligado em função de pequenos problemas pessoais e assumo a "minha culpa" por não ter sido mais assíduo nas  postagens do blog.

Vencidos os problemas de saúde (Não se preocupe! Não estou com o urubu pousado no ombro!), volto à carga e pretendo pagar essa dívida desde já.

 
Atenção aqui e agora, rapazes! Como apregoou Aldous Huxley. Vale o que estamos vivendo no momento, nada de saudosismos e de ter todas as esperanças num futuro. 

Promessa é dívida. Podem cobrar!