segunda-feira, 31 de maio de 2010

QUATRO RODAS SELECIONA ESPUMANTES BRASILEIROS


Com um grupo selecionado de degustadores a revista Quatro Rodas reuniu no terraço da Abril, 23° andar, cinco degustadores experimentados para provar, às cegas, 15 espumantes brasileiros que têm colecionado premiações em diversos painéis nacionais e concursos internacionais.


Rótulos como Gran Legado, 130 da Casa Valduga, Cave Geisse, Nero da Domno, Elegance da Peterlongo, brilharam na minha opinião. O mais importante é que a maioria dos espumantes agradou aos degustadores, ora em um, ora em outro detalhe.


Mas vamos aguardar a classificação final que será divulgada no número de julho da revista.

VINUS 2010 - O BRILHO DOS ESPUMANTES BRASILEIROS


A VINUS 2010 del BICENTENÁRIO foi um grande sucesso, reunindo centenas de amostras de vinhos de dezenas de países, com um jurado internacional de composição importante.


As amostras brasileiras de espumantes fizeram o maior sucesso e arrebataram prêmios da mais alta relevância no cenário mundial.


A Cooperativa Aurora, com seu Aurora Espumante Moscatel Branco, na categoria 104 recebeu a medalha de duplo ouro e a premiação de campeã da categoria. Somaram-se as estas distinções, as medalhas de ouro para Espumante Moscatel Rosé e Conde de Foucauld Rosé espumante Brut, e as medalhas de prata para Espumante Pinot Noir, Conde de Foucauld Branco Espumante Brut, Esumante Brut Chardonnay e Espumante Prosecco Brut.


A Vinícola Armando Peterlongo, com seu Privilège Brut 2009, na categoria 105, recebeu a medalha duplo ouro e a premiação de campeã da categoria. Somaram-se, ainda, as medalhas de ouro para o Espumante Prosecco Brut 2009 e o Privilège Espumante Moscatel 2009, e a medalha de prata para Privilège Espumante Demi-Sec e Espumante Elegance Champenoise 2008.


A Casa Valduga e a Domno do Brasil, respectivamente com Amante Espumante Brut 2009, Ponto Nero Espumante Moscatel 2010 e Ponto Nero Espumante Brut Branco, levaram medalhas de ouro.


Com medalha de ouro apareceu a estreante Vinhos Finos Casa Garcia com a Cave de Castro Espumante Moscatel 2009.


Com medalha de prata sairam-se premiadas a Vinícola Garibaldi com o Espumante Moscatel, e a Bebidas Panizzon com o Espumante Prosecco Brut 2009.
Como se vê as concorrentes brasileiras sairam-se muitobem!


quinta-feira, 27 de maio de 2010

EXPOVINIS 2010: NOVAS FRONTEIRAS VITIVINÍCOLAS BRASILEIRAS

REGIÃO VINÍCOLA DA CAMPANHA ORIENTAL


Vinícola Campos de Cima - Itaqui - Campanha Oriental.



A Expovinis 2010 mostrou uma evolução muito importante e ofereceu aspectos interessantes através das pequenas vinícolas que estão surgindo e se impondo pela qualidade de seus vinhos.


A questão do clima brasileiro que alguns jornalistas de pouca cultura geográfica ainda insistem em se escudar em um dos centenas de climas do Brasil, para atacar os vinhos nacionais. Como restam e estão aparecendo dezenas de climas e microclimas excelentes para uva de vinho, este argumento fica ridiculo, sem força e incoerente.


É muito interessante quando nos fixamos em algum terroir fora da Serra Gaúcha, por exemplo, Campanha Oriental, fronteira oeste do Rio Grande do Sul. As condições climáticas desta nova região vinícola tem como traço dominante o grande número de horas de sol na fase de frutificação e maturação, o grande número de horas de frio durante a fase de dormência das videiras, e a baixa precipitação de chuvas na fase de amadurecimento. O equilíbrio da planta ao longo do seu ciclo anual de produção responde com a madurez completa das uvas, alta concentração de açúcar, maturação fenólica completa e interessante acidez residual.


O solo é profundo , bem drenado, permeável e bem estruturado, permitindo que as raízes se aprofundem e protejam a videira das variações climáticas exteriores.


Nesta região da Campanha Oriental Gaúcha está localizada a debutante vinícola Campos de Cima Vinhos Finos, do casal José e Hortência Ayub, que optou pela produção de pequenos lotes, trabalhando para produzir Vinho de Autor em uma vinícola boutique.


O resultados provei na Expovinis 2010.


A linha completa envolve os varietais Tannat, Malbec, Ruby Cabernet, Tempranillo e Viognier, mais um corte rotulado Primeiro Corte, das castas Cabernet Sauvignon, Merlot e Tannat. Finalizando, um Espumante Brut, um champenoise de Chardonnay e Pinot Noir.


Chamou a atenção o vinho de Ruby Cabernet, uma interessante novidade varietal.Trata-se de um cruzamento da francesa Cabernet Sauvignon com a espanhola Carignane. O vinho tem cor intensa, reflexos violáceos, nariz vegetal com toques de pimentão verde sobre tons de frutas como ameixa e maçã. Boca plena, acidez saliente porém correta, equilibrada com os 12% de álcool e os taninos elegantes.


O Malbec com sua intensa e elegante cor rubi, oferece um nariz frutado com ameixa preta, amora e cereja, sobre tons mélicos e algo como compota de fruta. Tem bom volume de boca, no qual a estrutura dos 13% de álcool equilibra-se com a acidez moderada e os taninos de sutis toques adocicados.


O Viognier me lembrou alguns exemplares argentinos que provei em San Juan e Lujan de Cuyo, cor delicada, nariz floral de boa intensidade, boca equilibrada e refrescante, nos 12% de álcool.

E viva a deliciosa diversidade brasileira!

sábado, 22 de maio de 2010

CONCURSO INTERNACIONAL VINUS 2010

A WAWWJ - World Association of Journalists and Writers of Wine and Spirits, promoveu em Mendoza, Argentina, nos dias 17 a 20 de maio, o 7° Concurso Internacional de Vinos e Licores, a VINUS 20101 del BICENTENARIO, sob a coordenação geral do presidente da associação, Dr. Raul Castellani, um dos líderes mundiais na organização de grandes eventos de vinho.
Foram mais de 500 amostras das mais distintas origens do mundo vinícola como Austrália, África do Sul, Áustria, Argentina, Alemanha, Brasil, Chile, Espanha, Estados Unidos, França, Hungria, Israel, Itália, México, Nova Zelândia, Peru, Portugal, República Checa, Suíça e outros. Os vinhos foram degustados às cegas e avaliados por um seleto juri internacional de 48 jurados.
Representando o Brasil no corpo dos jurados estiveram Carlos Abarzua, Leocir Bottega e Sérgio Inglez de Sousa.
Segundo as normas que definem o número de premiações autorizadas, ocorreram 167 prêmios entre duplo ouro, ouro e prata, das quais 121 ficaram com a Argentina, 22 com o Brasil, 11 com Israel, 6 com o Chile, 3 com Equador, 3 com República Checa, 1 com o Uruguai, etc.
Os espumantes brasileiros brilharam ao levar 19 medalhas, 2 duplo ouro, 8 de ouro e 9 de prata, com as vinícolas Cooperativa Aurora, Peterlongo, Vinícola Garibaldi, Casa Valduga, Domno do Brasil, Casa Garcia e Panizzon.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

BIODINÂMICOS NA CONFRARIA DOS SOMMELIERS

No dia 13 de maio último, na sala de degustação e eventos da Miolo Wine Group, a Confraria dos Sommeliers, sob a coordenação sempre competente do Didu Russo, realizou uma degustação de 13 vinhos, sob a temática de Tintos Orgânicos, Naturais ou Biodinâmicos.

Nossa degustação transcorreu em meio à palestra de Geoffroy De la Croix, expert no assunto, produtor de vinhos biodinâmicos na França e dono da importadora De la Croix no Brasil. Na sua explanação tocou em fóssil de videira com 65 milhões de anos que deixou todos admirados. Este testemunho fóssil está na rota de Vitis que, iniciando com ampelídeas no Polo Norte, há 100 milhões de anos, foi deixando um rastro com a Vitis Islamica, Vitis Britanica, Vitis Cezanensis... na longa trajetória que viria originar a Vitis vinifera, muitos milhões de anos mais tarde!
Foram mais bem classificados:
1° lugar: Domaine Zind-Humbrecht 2004, Pinot Noir Heimburg, Alsacia, 86,36 pontos, Expand.
2° lugar: Domaine Jean Claude Rateau 2000, Beaune 1er Cru, 86,18 pontos, De la Croix.
3° lugar: Novas 2006, Emiliana, Chile, 85,5 pontos, Magna Import.
4° lugar: Oratoire Domaine St Martin Haut Coustias Cairanne 2004, 85,36, De La Croix.
5° lugar: Chateau Moulin Caresses 2004, Montravel, 85,14, De La Croix.
6° lugar: Colomé 2006, Malbec State, Salta, Argentina, 84,86, Decanter.
7° lugar: Don Diego 2007, Cabernet Sauvignon Roble, 83,82 pontos, SP Gourmet.
8° lugar: Tormenta 2007, Cabernet Sauvignon, Miguel Torres, Chile, 83,43, Reloco.
9° lugar: Château La Grave 2005, Fronsac, França, 83,29, De La Croix.
10° lugar: A Sirio 2003, Sangervasio de Toscana, Itália, 82, Zahil.
11° lugar: Adobe Reserva 2008, Cabernet Sauvignon, Emiliana, 81,46, Magna Import.
12° lugar: Coyan 2006, Syrah + Merlot + Carmenère + Cabernet Sauvignon + Mourvedre +
Malbec, Emiliana, Chile, Magna Import.
13° lugar: Chateau Lablin Thomas 2005, Côtes de Bourg, França, 77,75, Cave Jado.
Pela dispersão das notas em um intervalo de apenas 9 pontos, é possível aquilatar-se a boa qualidade dos vinhos que participaram do painel.

sábado, 1 de maio de 2010

ALENTEJANOS QUE CABEM NO NOSSO BOLSO




No dia 26 de abril, na loja Total Vinhos, São Paulo, aconteceu uma degustação de vinhos do Alentejo, brancos e tintos, da empresa portuguesa Enoforum.

A Enoforum, formada em 2004, é uma associação de grandes produtores da região, entre eles, as adegas cooperativas de Porto Alegre, Borba e Redondo, que têm mais de meio século de atividades bem sucedidas no mercado português e que agora estão unidas para trabalhar o mercado internacional.

Aproveitando-se dos benefícios do ganho de escala de seus grandes volumes de produção, a Enoforum compôs uma grade de produtos com níveis de preços diferentes mas que tem uma excelente relação preço-satisfação do consumidor.

Com as palavras de um grande conhecedor, o português Delfim Costa, um grupo seleto pode degustar vinhos dos vários níveis e constatar a qualidade da proposta.

Do nível básico foram degustados os brancos Real Forte (Roupeiro, Arinto e Diagalves) e o Finisterra (Antão Vaz, Rabo de Ovelha e Perrum), os tintos Real Forte (Aragonez, Castelão e Trincadeira) e o Finisterra (Aragonez, Castelão e Trincadeira), que deverão ser comprados pelo consumidor em torno de R$ 22,00.

Do nível intermediário foram degustados o branco Alentex (Antão Vaz e Arinto), o rosé Alentex (Castelão e Aragonez) e o tinto Alentex (Trincadeira e Aragonez), que deverão ser comprados pelo consumidor na faixa de R$ 32,00.

Nos vinhos de maior estrutura foram degustados o Alentex Premium (Trincadeira e Aragonez), 10 meses de barrica de carvalho e 6 meses de garrafa, preço ao consumidor, cerca de R$ 48,00; o Alentex Reserva (Alicante Bouschet, Trincadeira e Aragonez), 12 meses de barrica de carvalho e 9 meses de descanso em garrafa, preço ao consumidor em torno de R$ 65,00; e o Além (Touriga Nacional e Syrah), 10 meses em carvalho e 6 meses de garrafa, R$ 65,00.

Maiores informações: Débora Ribeiro - debora.eco@uol.com.br