quarta-feira, 28 de março de 2012

SALVAGUARDAS - PRA QUE MEXER NO QUE ESTÁ DANDO CERTO?

A defesa do vinho brasileiro foi uma batalha que aconteceu há uns bons anos e deu absolutamente certo ao quebrar a hegemonia do preconceito contra o vinho nacional na mídia e na cabeça do consumidor. De lá para cá, o vinho brasileiro amadureceu e convive muito bem no mercado aberto do vinho no Brasil com vinícolas sem produto para pronta entrega, com vinícolas exportando aquilo que não excedente de ´produção.

Juntamente com outros jornalistas, tive reunião-jantar em São Paulo, no restaurante Rascal, com os coordenadores do processo de Salvaguardas, encabeçados pelo IBRAVIN. A impressão que ficou após as explicações difusas é que esta campanha não tem foco definido, não abraça razões verdadeiras e se presta a permitir uma insdesejável interferência oficial nuym mercado saudável e crescente. 

Esse processo não tem a participação das vinícolas que não têm razões para pedir esse tipo de socorro. Essas salvaguardas não servem para nada. Deveriam, isso sim, focar proteger todo vinho corretamente colocado no mercado brasileiro, quer nacional, quer importado, encabeçando uma campanha sobre as áreas governamentais a fim de que cumprissem suas obrigações constitucionais de proteger nossas fronteiras e evitar a entrada de contrabando de vinho, dizem, da ordem de 40 ou 50 milhõers de litros anuais.

Para exemplificar a a falta de foco dessa campanha reproduzo abaixo posição de algumas vinícolas, embora saiba que são juitas que se postam contrárias a essa intervenção injustificada.

"As vinícolas ADOLFO LONA VINHOS E ESPUMANTES, ANGHEBEN VINHOS FINOS, CAVE GEISSE e VALLONTANO VINHOS NOBRES vêm a público se manifestar a respeito da polêmica da salvaguarda solicitada por algumas entidades do setor vinícola.

Causou-nos estranheza a solicitação dessa medida já que no nosso entendimento os benefícios serão mais uma vez destinados às grandes indústrias, penalizando a diversidade da oferta e o consumidor.

Por outro lado o pequeno produtor, que enfrenta hoje diversas dificuldades, não pára de se questionar: Por que estas entidades não buscam o SIMPLES para o pequeno produtor? Por que não pedem o fim das normativas (IN05 etc..) que limitam e dificultam as atividades de pequenas vinícolas?

Por que essas mesmas entidades impediram que entrasse em vigor a dispensa da aplicação do SELO FISCAL para quem produzisse até 20.000 litros de vinho (IN RFB N – 1.188/2011 DOU 1 DE 31/08/2011)?
Por que não concentram seus esforços para baixar os tributos do vinho brasileiro ao invés de aumentar a taxa do importado? Por que para produzir vinho temos que seguir normas de produção de alimentos, mas na hora de pagarmos impostos somos produtores de bebida alcoólica?
Porém, o que parece responder a estas perguntas é a intenção de simplesmente burocratizar o setor e defender os interesses das grandes corporações.

Estamos caminhando para a era da industrialização em massa, estamos dando aval ao vinho commodity em detrimento da diversidade brasileira.

Isso é degradante.

Não podemos compactuar com quaisquer iniciativas que não sejam discutidas de forma ampla e democrática, com todo o setor. Precisamos sim de uma salvaguarda para a sobrevivência da diversidade do vinho brasileiro.

As empresas que representam a minoria poderosa já começam a sofrer retaliações por parte de jornalistas, formadores de opinião, proprietários de restaurantes, supermercadistas, sommeliers e consumidores.

Algumas inclusive já estão mudando de opinião!!

Esperamos que ao contrário do acontecido com o selo fiscal, desta vez nossa voz seja ouvida.

Uma frase de Ettore Scola pode sintetizar este momento: "Ho sempre preferito la finestra allo specchio"- "Sempre preferi a janela ao espelho.". Não está na hora de começarmos a mirar pela janela ao invés de nos centrarmos nos nossos umbigos?

O mundo é vasto, vivemos um momento de encurtamento de distâncias, quedas de fronteiras e ao mesmo tempo de valorização das identidades locais e não será uma salvaguarda limitada e preconceituosa que resolverá as mazelas do vinho brasileiro!!"

Amigos! Isso está me cheirando jogada de burocratas!

terça-feira, 27 de março de 2012

CONFRARIA DOS SOMMELIERS - DEGUSTAÇÃO DE MARÇO

A Confraria dos Sommeliers realizou a sua degustação mensal de março explorando a temática dos vinhos varietais da casta Viognier resultando na seguinte classificação geral:.

1º Lugar  - 84,57 pontos - amostra nº 12 - La Capra 2009 - África do Sul, da Charles Back,  importado pela Ravin.

2º lugar - 84,14 pontos - amostra nº 4  - Casa Silva Reserva 2010, Chile, Viña Casa Silva, importado pela Vinhos do Mundo.

3º lugar - 84,00 pontos - empatadas as amostras nº 10 e nº 11 respectivamente os vinhos Dona Maria 2010 de Portugal, por Julio Bastos, importado pela Decanter e o Condrieu 2009  França,  Pierre Gaillard e importado pela Mercovino.

5º lugar - 83,85 pontos - amostra nº 8 - Don Pascual 2010  Uruguai, Família Deicas, importado pela Interfood.

6º lugar - 83,57 pontos - amostra nº 5 - o Trinity Hill 2006, Nova Zelândia, Trinity Hill, importado pela Premium Wines.

7º lugar - 83,42 pontos - amostra nº 2 o Falernia 2010 Chile, Falernia e importado pela Premium Wines.

8º lugar - 83,14 pontos - amostra nº 3 - o RAR Collezione 2010 Brasil, Vinícola Miolo.

9º lugar - 83,00 pontos - amostra nº 6 - o Viognier 2009, França, Pierre Gaillard, importado pela Mercovino.

10º luga - 82,85 pontos - amostra nº 9 - o Miolo Reserva 2010,  Brasil, Vinícola Miolo.

11º lugar - 82,71 pontos - amostra nº 7 - o Finca Los Alijares 2010, Espanha,  Bodegas e Viñedos Finca Los Alijares. importado pela Casa Flora.

12º lugar - 81,28 pontos - amostra de nº 1 - o Catamayor 2010,  Uruguai, Castillo Viejo, importado pela World Wine.

domingo, 25 de março de 2012

SALVAGUARDAS - OBSCURA MANOBRA COM RANÇO DE GABINETE

Venho defendendo o vinho brasileiro há muitos anos, iniciativa premiada com o Troféu Vitis, instituído pela  Associação Brasileira de Enologia. Por quase duas décadas, rotineiramente tenho visitado vinhedos, produtores e vinícolas. Tenho amigos entre grandes e pequenos, empresários bem sucedidos, poetas do vinho. Sinto-me à vontade para falar com um pouco mais de conhecimento sobre a situação madura que se encontra a nossa indústria vinícola.

Recentemente em visita ao Sul pelo início da vindima, não tive nenhum feed-back de situação de risco para nosso vinho que justificasse qualquer tipo de intervenção burocrática para a sua proteção através do achaque ao vinho importado.

De repente, sou surpreendido com uma movimentação para "proteger o vinho brasileiro" com salvaguardas que vão diretamente prejudicar o fluxo normal das importações, ou seja, voltamos à prática de políticas protecionistas, agora com uma diferença: vamos proteger quem não está em perigo, vamos fazer uma intervenção obscura no mercado que vai indo muito bem.

A iniciativa parte de atores que nunca se prestaram a trabalhar efetivamente contra os problemas cruciais do vinhos brasileiro: alta taxação de impostos, concorrência brutal dos vinhos contrabandeados impunemente e falta de um plano oficial de apoio à melhoria dos vinhedos brasileiros.

Certa feita, da Califórnia soube que os impostos incidentes sobre o vinho eram qualquer coisa ao redor de 5%, aqui, brincadeira, chega próximo dos 50%. Este índice assustador deveria ser um dos principais focos para essas instituições, trabalharem com muito barulho e sem medo de perderem os subsídios oficiais.

Por outro lado, o contrabando aporta ao mercado brasileiro um volume que chega a quase o dobro da produção e comercialização da vitivinicultura nacional. O correto é disparar um combate sem precedentes a essa atividade criminosa para salvaguardar o vinho brasileiro e o vinho importado honestamente.

Em  último lugar, a vitivinicultura brasileira produz essencialmente vinhos rústicos de híbridas americanas, produção aliada a uma parcela inferior a 10% de vinhos finos. O Brasil já produziu mais vinho, porém, a partir da década de 1990, o consumo brasileiro abandonou a preferência vigente pelos brancos e migrou para os tintos.Vai daí que a necessária reconversão dos vinhedos implicou óbvia queda da produção global. Ato contínuo, houve um processo de incremento de qualidade, o que impôs redução de produção por videira: menos cachos, mais qualidade. Mais uma vez, queda na produção global. A redução da comercialização de vinhos brasileiros passou por esses fenômenos e agora começa a crescer novamente, apoiada em mais qualidade. Os vinhos importados não tiveram esse tipo de problema e cresceram sempre, mas, de forma alguma, roubaram mercado do vinho brasileiro, como apregoam os defensores das salvaguardas.

As entidades que propugnam pelas polêmicas medidas da salvaguarda devem, sim, voltar seus esforços para que haja um projeto de melhoria da vitivinicultura brasileira, como ocorreu na Nova Zelândia, que reconverteu vinhedos de americanas em vinhedos de viníferas e hoje nos oferece néctares como seus Sauvignos Blancs . Devem também essas instituições batalhar pela redução dos absurdos impostos conferidos ao vinho nacional. Devem igualmente amparar, habilitar e estimular o pequeno produtor de vinhos finos.  

Como as vinícolas que contatei estão publicamente fora desse processo, só posso entender que se trata de uma obscura manobra com cheiro de gabinete levada a cabo por quem está vivendo à margem do trabalho duro dos viticultores e do empenho das vinícolas honestas. 


sexta-feira, 23 de março de 2012

MALVASIA DE CÂNDIA - UMA DELICIOSA SURPRESA

Estava fissando a minha adega para escolher um vinho diferente, talvez um tinto Primitivo, talvez um branco Sauvignon Blanc. De repente, não escolhi nem um e nem o outro. Apanhei uma garrafa simpática, estilo Borgonha, trouxe para a luz. Era um Malvasia de Cândia. Este sim, um vinho diferente, que não se toma a toda hora

Feita a criteriosa seleção acidental, lá sai eu com a garrafa de Malvasia de Cândia. Já na luz pude ler seu rótulo em todos os detalhes: Terrasul, Malvasia de Cândia, 2010, 11% de álcool. Quer saber mais sobre o vinho? Contato: vinhos@vinhosterrasul.com.br.




 Na taça um vinho branco untuoso, mélico, delicadamente aromático à Malvasia, um toque de boca com grande personalidade e agradabilidade.
E agora José? Vamos tomar o vinho sem um bom acompanhamento?
Não. Isso nunca!
Uma lapa de queijo ementhal francês, tipicamente perfumado sobre um leve amargor. Casamento perfeito. Essa dupla eu recomendo! Pena que foi pouco!

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VINÍCOLA SALTON - O EXEMPLO DE QUEM É MAIOR!

A Vinícola Salton é uma grande lider na produção e na exploração profissional do mercado brasileiro, que sempre foi o alvo do meu querido e saudoso amigo Ângelo. Como grande de tamanho e de cabeça, a Salton mostra abaixo a sua discordância contra uma iniciativa ridícula, da qual as boas vinícolas nacionais certamente ficaram constrangidas. (sergio inglez de sousa):


Nota à imprensa


A Vinícola Salton esclarece que são as entidades representativas do setor, Ibravin, Uvibra, Fecovinho e Sindivinho que estão à frente do movimento para salvaguardas dos vinhos nacionais. A Salton, compreendendo que estas medidas podem restringir o livre arbítrio de seus consumidores, encaminhou ao Ibravin um documento informando que não apoiará a causa. Reforçamos ainda que a Salton, uma empresa centenária e brasileira, se preocupa muito com seus clientes e consumidores e que busca constantemente o melhoramento de seus processos e produtos, por meio de investimentos em novas tecnologias e programas de qualidade, para concorrer, de forma justa, com produtos nacionais e importados.


Assessoria de Imprensa

MARIO GEISSE MOSTRA PORQUE FAZ SUCESSO COM SEUS VINHOS

Reproduzo abaixo as declarações do Mario Geisse, um dos expoentes do vinho brasileiro e grande autoridade mundial do vinho, que coloca muito bem a questão  inacreditável de se querer estabelecer mais salvaguardas para o vinho brasileiro. Para nós, defensores do vinho brasileiro há décadas, essa iniciativa é uma ofensa para o sucesso que já alcançaram nossos vinhos, e é também fruto de mentes que pouco conhecem.do assunto. (sérgio inglez de sousa):


Prezados Amigos,


"Somos absolutamente contrarios a qualquer ferramenta que possa prejudicar o consumidor bem como a evolução do consumo de vinhos de qualidade no Brasil, que sem sombra de dúvida teve uma grande evolução nos últimos anos graças aos esforços realizados tanto pelos produtores brasileiros quanto pelos importadores que trabalham diariamente auxiliando na evolução dos consumidores de vinhos. Temos que agradecer que hoje no Brasil podemos encontrar uma diversidade enorme de estilos e regiões para apreciar e desenvolver nosso paladar, aprendendo a diferenciar o que cada região pode entregar de melhor com suas características e principalmente sua tipicidade.

Sempre nos posicionamos contrários a qualquer barreira protecionista, afinal, o vinho é um dos produtos mais globalizados que existe e o apreciador quer poder tomar a maior diversidade de rótulos possível e aos melhores preços possíveis, e essa deve ser a verdadeira luta de nós produtores brasileiros! melhorar nossa posição, não procurando meios para dificultar a entrada ou de tornar os vinhos importados mais caros ao consumidor, e sim, através de uma justa redução na pesada carga tributária imposta aos produtores brasileiros, pois afinal estamos falando de alimento e cultura!

Somente conseguiremos aumentar o bolo do consumo de vinhos e espumantes de qualidade no Brasil através de um trabalho conjunto somando as forças dos importadores e dos produtores brasileiros de qualidade em prol do aumento do consumo de vinhos no Brasil. Esta evolução tanto do consumidor como dos produtores nos auxiliarão para um melhor direcionamento e amadurecimento do setor, através do investimento em produtos que tenham melhor aceitação, com características singulares que conquistem o consumidor pela sua inquestionável qualidade e estilo tanto no mercado brasileiro como mundial.

O vinho sempre foi sinônimo de união, acredito que é somente questão de tempo até todos se darem conta de que estamos absolutamente no mesmo lado, e unindo forças teremos um excelente caminho para o bom desenvolvimento da cultura do vinho no Brasil."


VINÍCOLA GEISSE

quinta-feira, 22 de março de 2012

A CORRETA REAÇÃO DE CIRO LILLA CONTRA AS SALVAGUARDAS AO VINHO NACIONAL

Essa foi a carta aberta de Ciro Lilla, grande ator dentre os importadores de vinho, contra a adoção de salvaguardas para "proteger" o vinho brasileiro, escrita dia 20 de março de 2012 e para a qual dou todo espaço no meu blog que se propõe a defender o consumidor nacional, massacrado por uma enorme carga de impostos sobre os vinhos. Mais inteligente seria uma união nacional contra a carga tributária sobre vinhos e não penalizar o consumidor que deve continuar tendo a liberdade de escolha de seus caldos importados, até porque a indústria vinícola nacional não tem capacidade de produção para atender a demanda atual...Nem futura!

Proteção sem limites ao vinho nacional
Caro amigo,
O mundo do vinho no Brasil vive momentos decisivos. Agora é mais do que necessário fazer um alerta a nossos clientes sobre algumas notícias muito preocupantes para os amantes de vinho.
Por incrível que pareça, surgem outra vez notícias a respeito da pressão dos grandes produtores gaúchos sobre o governo para que haja um novo aumento de impostos sobre o vinho importado, como se a gigantesca carga tributária atual não representasse proteção suficiente para o vinho nacional. Fala-se agora em “salvaguardas”, como se a indústria nacional estivesse em perigo, em risco de falência, quando na verdade as notícias enviadas à imprensa reportam um grande crescimento de vendas. Afinal, é preciso definir qual discurso é o verdadeiro: o vinho nacional vai muito bem ou vai muito mal? Os comunicados e números oficiais dizem que vai muito bem, o que invalida o argumento a favor das “salvaguardas”. Além do que, os impostos atuais já são altíssimos, e representam o verdadeiro grande inimigo do consumo de vinhos no Brasil.
Além do aumento de impostos — pediu-se um aumento de 27% para 55% no imposto de importação, o primeiro da longa cadeia de impostos pagos pelo vinho importado — desejam também limitar a importação pelo estabelecimento de cotas para a importação de cada país. Ficariam livre das cotas apenas os vinhos argentinos e uruguaios. Incrível: cotas de importação para proteger ainda mais um setor, o de vinhos finos nacionais, que cresceu cerca de 7% em 2011 — ou seja, nada menos do que quase o tripo do crescimento do PIB brasileiro! Se forem adotadas salvaguardas para um setor que cresceu o tripo do PIB em 2011, que medidas de proteção se poderia esperar então para o restante da economia? Repito porque parece incrível, mas é verdade: pedem salvaguardas para um setor que cresceu cerca de 7% em 2011! É preciso dizer mais alguma coisa?!
Além de mais impostos e das cotas, os mesmos grandes produtores pedem também ainda mais burocracia, como se a gigantesca burocracia que já envolve a importação de vinhos no Brasil também não fosse proteção suficiente para o vinho nacional. Nem bem foi implantado o malfadado selo fiscal e já se pede agora que o rótulo principal do vinho, o rótulo frontal, contenha algumas das informações que hoje já constam dos contra-rótulos obrigatórios. Essa nova medida, se for adotada, vai afetar — como sempre acontece com a burocracia no caso dos vinhos — apenas os vinhos de alta qualidade e pequenos volumes, já que os grandes produtores mundiais não terão nenhuma dificuldade em imprimir rótulos especiais apenas para o mercado brasileiro. Isso, por outro lado, obviamente não será possível para aqueles produtores que embarcam menos de 50 ou 100 garrafas de cada vinho para o nosso país.
Quem, afinal, seria responsável pelo aumento no interesse pelo vinho no Brasil? Certamente são esses pequenos produtores, de tanto charme e história, cuja vinda se tenta dificultar aumentando a burocracia, em uma medida sobretudo pouco inteligente. A importação desses vinhos deveria ser incentivada por todos, inclusive pelos grandes produtores nacionais, porque são eles os grandes veículos de propagação da cultura do vinho no mundo inteiro.
Para completar esse quadro preocupante, agora também são os vinhos orgânicos de pequenos produtores que têm sua posição ameaçada em nosso país. A partir de Janeiro deste ano, os vinhos orgânicos ou biodinâmicos — mesmo os certificados como tal em seus países de origem ou por órgãos certificadores internacionais — não poderão mais ser identificados como tal no mercado brasileiro, a menos que sejam certificados por organismo certificador brasileiro. Expressões como “orgânico”, “ biodinâmico”, “bio”, etc, são proibidas agora nos rótulos, privando o consumidor dessa informação esencial — com exceção dos vinhos certificados por organismo certificador brasileiro. Acontece que o processo de certificação brasileiro é caro e demorado, sendo na prática inacessível aos pequenos produtores do mundo todo. Acreditamos que apenas os grandes produtores mundiais conseguirão se registrar aqui como orgânicos ou biodinâmicos, privando assim o mercado do conhecimento de um número já muito grande e sempre crescente de produtores orgânicos. O vinho é um produto muito particular e específico, em que a maior parte da produção mundial de qualidade está nas mãos de produtores muito pequenos, que não terão recursos para obter a certificação brasileira. Sem dúvida acreditamos que é o caso de adiar a aplicação dessa medida para os vinhos, pelo menos até que sejam assinados acordos de reciprocidade, que permitam o reconhecimento mútuo dos processos de certificação no Brasil e no exterior. Afinal, a quem interessa dificultar a propagação dos vinhos orgânicos a não ser a quem não tenha a intenção de produzir vinhos dessa forma?
Diante desse panorama triste, a pergunta que se impõe é a seguinte: qual o limite para a proteção necessária aos grandes produtores nacionais para que possam competir no mercado? Ou tudo isso seria apenas uma busca por maiores lucros? Algumas das medidas adotadas recentemente, como o malfadado selo fiscal, atingem fortemente os pequenos produtores nacionais também. Vale repetir que os pequenos produtores brasileiros deveriam ter um papel importante no panorama vinícola nacional, uma vez que não existe país com alguma relevância no mundo do vinho onde o mercado seja dominado por apenas alguns grandes produtores. Afinal, todos nos lembramos do período anterior ao início dos anos noventa, quando o mercado pertencia a um pequeno grupo de gigantes da indústria nacional, a maioria multinacionais, e a alguns gigantes da industria vinícola internacional — situação que obrigava o consumidor brasileiro a consumir vinhos caros e medíocres, quando no país nem sequer se sabia o que significava a palavra sommelier.
Estaríamos na iminência de uma volta a esse passado triste para o vinho em nosso país? Será que serão perdidos todos os ganhos dos últimos anos, quando, à custa de tantos esforços, aumentou enormemente a cultura do vinho no Brasil, com o surgimento de muitos milhares de profissionais ligados ao vinho, de inúmeras publicações sobre essa bebida maravilhosa, de tantos novos empregos e de tantas novas possibilidades de crescimento profissional? Seriam os muitos milhares de brasileiros que trabalham nesse novo mercado criado pelo vinho importado, em particular o verdadeiro exército de sommeliers, menos brasileiros do que aqueles que trabalham nas grandes empresas produtoras de vinho nacional? E vale lembrar que de cada 5 garrafas de vinho consumidas no Brasil, entre vinhos finos, espumantes e vinhos comuns (produzidos com uvas de mesa), nada menos do que quase 4 (77.4%) já são de vinhos brasileiros! Os números de vendas e de crescimento do vinho nacional são gritantes, e tornam absurdo se buscar ainda maior proteção!
O consumidor precisa se manifestar, precisa dizer não a esses verdadeiros abusos!
É preciso ter uma agenda positiva para o vinho no Brasil, com todos lutando juntos para um aumento do consumo, para que o vinho obtenha o tratamento tributário de um complemento alimentar — como em diversos países da Europa — e não um tratamento punitivo com ocorre aqui, onde o ICMS pago pelo vinho é o mesmo pago por uma arma de fogo! É preciso também lutar para diminuir a burocracia, que tanto atrapalha os pequenos produtores de vinhos de baixo volume e alta qualidade — aqueles que criam mercado para o “produto vinho”.
É importante que se compreenda o quanto antes que o vinho não é uma commodity, onde o único fator a influenciar a compra é o preço. Vinho é cultura, é diversidade, é terroir, é arte. É como o mercado de livros: o brasileiro lê pouco, assim como bebe pouco vinho. E dificultar a venda de livros de autores estrangeiros não apenas não serviria para aumentar a venda de livros de autores brasileiros, como certamente inibiria ainda mais o hábito da leitura. O mesmo ocorre com os vinhos. É uma ilusão achar que encarecendo o vinho importado o consumidor vai substituí-lo automaticamente pelo vinho nacional. Na verdade o mais provável é que substitua por outro vinho importado mais barato, ou pela cerveja gourmet, ou pelo whisky, por exemplo. O que é preciso é popularizar o consumo do vinho pela diminuição dos preços e da burocracia, tanto para os vinhos nacionais como para os importados. Na verdade eles são aliados, e não inimigos como acreditam aqueles que defendem um protecionismo ainda maior para o vinho brasileiro.
O amante do vinho precisa reagir contra essa situação. Ou teremos todos que aceitar uma volta à situação de 20 anos atrás, com a perda de todo o esforço, todo o trabalho e toda a evolução obtida nesse período.
Cordialmente,
Ciro de Campos Lilla
Presidente das importadoras Mistral e Vinci

segunda-feira, 19 de março de 2012

VINHO BIODINÂMICO - O BRASILEIRO DA SANTA AUGUSTA

Nas terras altas do Estado de Santa Catarina se encontram as mais promissoras origens de vinhos de alta qualidade elaborados no Brasil. Não devemos descartar os produtos gaúchos daSerra do Sudeste, Campanha Gaúcha e Campo de Cima da Serra.
Os vinhos das boas regiões gaúchas e das altitudes catarinenses nota-se que houve amadurecimento da polpa com altos graus de concentração de açúcar, além do amadurecimento completo dos polifenóis da casca. Os taninos e antocianos vão conferir cor escura e profunda, sem gotas de produtos enológicos.
Mas o que eu quero destacar nesse volume de vinhos de alta qualidade é o nascimento do primeiro vinho biodinâmico brasileiro, nas altitudes da região de Videira no oeste catarinense. 
A Vinícola Santa Augusta é a vinícola responsável por essa proeza praticando a biodinâmica nas altitudes de 1.000 metros sobre o nível do mar de seus vinhedos em Videira e de mais de 1.300 metros  em Água Doce.

Administrada pelas primas Taline e Morgana De Nardi, com a responsabilidade técnica do engenheiro agrônomo, enólogo e sommelier Jefferson Sancineto Nunes, este o idealizador da empreitada, os vinhedos estão sendo reconvertidos e conduzidos sob a filosofia biodinâmica. E com muito sucesso!

Taline De Nardi defronte do lote de Chardonnay biodinâmico em plena brotação.

A Vinícola Santa Augusta (VSA) começou em 2011 a implantação do manejo dos primeiros vinhedos do país sob a visão Biodinâmica e Sancinetto está muito satisfeito com os resultados que vêm se verificando.

Por exemplo, contrariando toda e qualquer expectativa negativa, o volume excessivo de chuvas desde que as videiras de chardonnay começaram a brotar, não foi verificado até agora nenhum problema fitossanitário e as plantas estão com um aspecto excelente.

A primeira providência que se implantou na reconversão para a biodinâmica foi a eliminação do uso de herbicidas. Em 100% dos vinhedos da VSA, está sendo feita a capina manual da faixa de cultivo das videiras e efetuada a roçada entre as linhas sempre respeitando o calendário Biodinâmico. Este determina os tratos culturais do vinhedo estabelecendo datas mais propícias para executar cada tipo de ação.


A fotografia acima mostra uma da série de aplicações de chá de cavalinha, que permitiu a brotação do chardonnay e do merlot absolutamente sadia e sem a utilização de nenhum grama de qualquer fungicida.

No outono passado  foi efetuada a primeira aplicação do composto biodinâmico PB 500 (chifre esterco nos vinhedos) que será repetida no mês de outubro. A poda foi feita seguindo rigorosamente o calendário Biodinâmico, com base na lua descendente e sempre nos horários/dia de fruto. O desbrote foi feito exclusivamente nos horários/dia de fruto, parâmetro do calendário de tratos culturais.

Algumas boas revelações e as últimas novidades do vinhedo biodinâmico da Vinícola Santa Augusta vêm surpreendendo os especilaistas no assunto.

Verificações no dia 14 de março mostraram um fato muito interessante de que as uvas, embora não totalmente maduras, estão com sabor e aroma muito bons, e uma tipicidade bem característica da variedade, ao lado de apresentar uma quantidade de polifenóis altíssima.

Como exemplo, em 14/03/12 o IPT do Cabernet Sauvignon nas uvas estava em 79,39, os antocianos em 1885 mg/L, intensidade de cor de 42,53 e a uva apresentava ainda teores baixos de açúcar, apenas 20,65 brix..

O Merlot por sua vez tinha um IPT de 72,31, antocianos de 1534 mg/L, intensidade de cor de 39,63 e o brix era ainda baixo, 20,64;

O Cabernet Franc está surpreendendo, o IPT estava muito alto, 70,87, antocianos de 1302 mg/L, intensidade de cor de 37,95 e o brix já estava bem mais alto que as outras duas variedades: 22,85.

Eu  já tive a oportunidade de degustar excelentes vinhos biodinâmicos na Europa e no noroeste da Argentina (Colomé) estou ancioso e muito orgulhoso de poder provar brevemente essa jóia enológica, de elaboração brasileira! Muio bom, Jefferson!

sábado, 17 de março de 2012

QUEM PAGA A CONTA DAS SALVAGUARDAS AO VINHO BRASILEIRO?

Essa pergunta não está sendo devidamente analisada pelos produtores nacionais de vinho, pela imprensa, pelos consumidores e, principalmente, pelos órgãos governamentais.

Para um país que produz maciçamente vinhos rústicos de híbridas históricas americanas e que não tem capacidade de atender aos volumes consumidos pelos apreciadores brasileiros é, no mínimo, inacreditável que se pretenda lançar mais uma excrescência sobre o mercado nacional de vinhos.

Quem vai pagar ou perder com essa brincadeira?

1. Produtores nacionais - vão assistir atônitos ao aumento do contrabando de vinhos pelas fronteiras sul, que hoje são cerca de 40 milhões de litros anuais, que devem triplicar, competindo deslealmente com os vinhos finos tupiniquins.

2. Estados consumidores de vinho -  no que diz respeito ao ICMS da venda de mais de 80 milhões de litros anuais que sumirão no mar de vinhos contrabandeados.

3. Imprensa - que perderá um grande volume de dinheiro gasto anualmente na propaganda dos vinhos importados.

4. Importadores - serão esmagados pelo contrabando.

5, Consumidores brasileiros - perderão a liberdade de escolha e não terão vinho nacional de qualidade para substituir as importações, ficando sob o comércio do contrabando e dos vinhos adulterados ou falsos.

6. Governos estaduais e federal - que mais uma vez fazem um papel ridículo de prejudicar um segmento que trabalha, dá empregos, gera impostos e atende bem ao consumidor, brincando de "mortinho" na questão mais crucial da questão que é a enorme carga de impostos que incide sobre o vinho, talvez a mais alta do mundo! Parem de brincar, vamos trabalhar honestamene sobre esse assunto!

Nós, consumidores, poderemos estar sendo violentados em futuro breve, temos que nos defender de alguma forma dessa ação com que irão nos impactar.

Acabei de ler e assinar este abaixo-assinado online: «Não ao aumento do imposto de importação para vinhos»

http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoVer.aspx?pi=P2012N22143

Pessoalmente, concordo com este abaixo-assinado e acho que você também tem todas as razões para  concordar com essa mínima reação.

Assine o abaixo-assinado e divulgue para seus contatos.

A esperança é a última que morre!

sergio dias ingles de sousa           

CURSO BÁSICO DE SOMMELIER INTERNACIONAL - FISAR

TURMA XXIV - 7 a 12 de maio de 2012

Inscrições a
té 11 de março de 2012

Aulas
De 7 a 12 de maio de 2012 (segunda-feira a sábado)
Carga horária de 55 horas.


Sommelier Internacional (imersão completa de 6 dias)
O Curso Básico de Sommelier Internacional tem duração de 6 dias (imersão completa de manhã e à tarde). No final, o aluno presta um exame escrito e prático.

Se aprovado, o mesmo receberá o Certificado Básico de Sommelier Internacional.
Tornar-se Sommelier Internacional permite iniciar um programa de formação que levará o mesmo à qualificação de Sommelier Profissional (300 horas de aula).

Coordenação   Mauro Cingolani

Ministrante     Prof. Dr. Roberto Rabachino

Ministrante Técnico-Científico      Dr. Edgar Scortegagna

Eng. Roberta Boscato

Público-alvo Enoapaixonados; Profissionais no setor da restauração; operadores e profissionais de vendas do setor vitivinícola; enólogos; agrônomos; jornalistas e operadores da comunicação;

Objetivo Formar profissionais no mundo da Sommellerie Internacional

Turmas / SeleçãoTurmas de 24 alunos

Certificação Certificado de qualificação profissional FISAR-Piemonte (Federação Italiana Sommelier) com UCS conforme a Lei italiana, com certificação internacional da Europe Academy for Education

Local Escola de Gastronomia Universidade de Caxias do Sul - Av. da Vindima, 1000 - Flores da Cunha - RS

INFORMAÇÕES

terça-feira, 13 de março de 2012

TOP ITALIAN WINES ROADSHOW EM SÃOPAULO

O Top Italian Wines Roadshow é um evento para divulgação dos grandes vinhos italianos, todos agraciados com o Tre Bicchieri do maior guia italiano de vinhos, Guia Gambero Rosso. Esse evento já compõe um calendáriointernacional que passa por vários países imprtantes como os Estados Unidos, Rússia, Cingapura, Coréia e China.

Pela crescente importância do mercado brasileiro de vinhos que no período de 2002 a 2010 apresentou o expressivo crescimento de 183% e  que ainda  tem a previsão de aumentar na casa percentual dos dois dígitos, o Brasil está sendo incluído no circuito do Top Italian Wines Roadshow de 2012.

As apresentações cocrrerão no dia 23 de abril em São paulo e no dia 27 de abril no Rio de Janeiro, e se constituirão em uma grande oportunidade para o público brasileiro tomar contato com rótulos italianos de qualidade distintiva.

Normalmente o evento exibe os produtos de cinqüenta produtores, oferecendo ´vinho para degustações, painéis de temas especiais e a possibilidade de se conversar diretamente com as vinícolas.

Programa Top Italian Wines Roadshow – Gambero Rosso 2012

Feira de Top Italian Wines com degustação, palestras e presença de produtores. 

Programação paralela: 2 Master Classes, conduzidas por um especialista italiano e 2 mediadores brasileiros. Número limitado de vagas em cada uma das Master Classes: 30; serão degustados 25 tre bicchieri em cada painel, só é permitido inscrever-se para um dos horários da Master Class, e a confirmação da inscrição fica sujeita a disponibilidade de vagas.

Das 14h00 as 17h00  horário preferencial de atendimento a imprensa e trade em geral

Das 17h00 as 19h30  outros convidados em geral e consumidores.

O acesso ao evento será  dado apenas por convites, individuais e intransferíveis, previamente enviados. Horário das Master Classes: 1º Flight –  das 14h00 as 15h00 - 2º. Flight –  das 16h00 as 17h00. Vinícolas Participantes: Apollonio, Argiolas, Bertani, Cantina Gallura, Cantine Due Palme, Cantina Tollo, Cavit, Cecchi, Ceci, ColleMassari – Grattamacco, Colpetrone, Conti Zecca, Cusumano, Di Majo Norante, Domini Castellare di Castellina, Donnafugata, Elvio Cogno, Falesco, Fattoria del Cerro, Feudi di San Gregorio, Firriato, Gaja, Gruppo Italiano Vini, Guido Berlucchi & C., Livon, Lunae Bosoni, Marchesi di Barolo, Masciarelli, Masi/Serego Alighieri, Medici Ermete & Figli, Monte Schiavo, Nals Margreid, Nino Franco Spumanti, Planeta, Poderi dal Nespoli, Provenza, Rocca delle Macie, Ruffino, Ruggeri, Tenute Donna Olga, Tenute San Guido , Tenute Sella&Mosca, Tolaini, Torrevento, Umani Ronchi, Valle Reale, Velenosi, Villa Medoro, Villa Sandi, Volpe Pasini, Zonin.

 Inscrições: contato@cristinaneves.com.br / Tel. 11 5092-3248.


terça-feira, 6 de março de 2012

CURSO DE CHEF DE COZINHA - ICIF

Trata-se de mais um Curso Chef de Cozinha - ICIF - Formação Básica - Turma XXIII, com inscrições até o dia 18 de mareçio de 2012. Entre no site para maiores detalhes e providências:   http://www.ucs.br/ucs/extensao/escola_de_gastronomia/capacitacao/cursos/09/apresentacao

Preencha o formulário de inscrição e não perca a chance de iniciar uma carreira, ou aperfeiçoar sua capacitação.
Aulas de 19 de abril a 09 de agosto de 2012
De segunda a sextas-feiras das 9h às 12h30min e das 13h30min às 17h - Carga horária: 600 horas.


Público-Alvo - Cozinheiros; gourmets; profissionais de restaurante; pessoas interessadas em gastronomia com interesse
em atuar na área; estudantes de hotelaria, nutrição e turismo; e demais interessados na gastronomia italiana.

Objetivo - Proporcionar a formação básica de Chef de Cozinha Internacional, através de abordagens das técnicas de cozinha, receitas da gastronomia tradicional e contemporânea, serviço de sala, harmonização alimentos e bebidas, análise sensorial, serviço de bebidas, panificação, confeitaria, bases de enologia, café e preparação de menus da gastronomia clássica e contemporânea.

Instrutores - O corpo docente é formado pelos instrutores da Escola e professores de outras instituições especialmente convidados para este curso.

Turma de 24 alunos. Certificação internacional UCS-ICIF.

Local - Escola de Gastronomia UCS-ICIF - Av. da Vindima, 1000 - Flores da Cunha – RS

Investimento sem hospedagem - Valor à vista: R$ 11.500,00 ou 1+1 parcelas no valor de R$ 5.828,00 ou 1+2 parcelas no valor de R$ 3.910,00 ou 1+3 parcelas no valor de R$ 2.961,00 ou 1+4 parcelas no valor de R$ 2.390,00.
Importante - O valor do curso inclui: transporte na cidade de Flores da Cunha; apostilas, toque blanche e, no dia da formatura, o aluno receberá um dolmã oficial personalizado da Escola e um avental de cintura.
Vagas remanescentes - No caso da existência de vagas remanescentes e da eventual desistência de algum dos inscritos, a Universidade abrirá a possibilidade de novas inscrições. Neste caso, o interessado deverá entrar em contato com a Secretaria da Escola de Gastronomia UCS-ICIF para efetuar os procedimentos de matrícula.

Importante - O valor do curso inclui: transporte na cidade de Flores da Cunha; apostilas, toque blanche e, no dia da formatura, o aluno receberá um dolmã oficial personalizado da Escola e um avental de cintura.
Informações com: -- Patricia Pereira Av. Vindima, nº1000, CEP:95270-000 Flores da Cunha - RS Fone/fax: 55 54 3292 1188 e/ou 3292 3071

sábado, 3 de março de 2012

WEIN AUS DREIZEHNLINDEN

Dreizehnlinden, ou melhor, Treze Tilhas, é uma encantadora cidade no noroeste do estado de Santa Catarina, fundada em 1933 quando o ministo da agricultura da Áustria, Andreas Thalec, tixou na região o primeiro grupo de imigrantes austríacos.

Vários outros grupos, também do Tirol austríaco, juntaram-se ao primeiro e consolidaram uma próspera comunidade que ficou conhecida como o Tirol Brasileiro devido aos valores culturais e artísticos trazidos e cultivados em Treze Tilhas. Ali foi implantada e desenvolvida a arte da escultura em madeira e outros artesanatos importantes, definindo um polo artístico reconhecido no Brasil e no Exterior.

Além de muitos pontos de visitação, a cidade conta com infra-estrutura hoteleira e cultural, onde se pode encontrar conforto, apresentações folclóricas e culturais. A gastronomia típica também é um aspecto muito destacável. Bem, com  uma estrutura dessas só faltava ter vinho.

E esta éa melhor notícia:  vinho que aquece o turista nos dias de frio e que o refresca no calor, já está sendo elaborado na cidade

No ano de 2007, o empresário Walter Kranz, de larga vivência internacional, montou a Vinícola Kranz que está vinificando castas viniferas finas, produzidas em vinhedoa das altitudes catarinenses, qualificados pela Acavitis, com nível distintivo de qualidade.
Os vinhos elaborados são do estilo varietal e dos cortes, empregando principalmente as castas viníferas Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Merlot, Malbec,Pinot Noir e Chardonnay. As produções anuais somam: vinho branco - 3.000 l, vinho Rose - 5.000 l, vinho tinto - 37.000 l, vinho espumante - 10.000 l.

Dos atuais 55.000 l de vinhos produzidos anualmente, passarão nos próximos cinco anos para aproximadamente 130.000 l, entre vinhos e espumantes.

Os vinhos mais estruturados passam por barricas de carvalho adequadamente preparadas, quer americanas (menor quatidade), quer francesas.
Utilização de equipamentos de última gweração trazidos da Europa e aperfeiçoados pela própria vinícola objetivando melhoria da eficiência, segurança do processo e qualidade do produto, traça um ponto diferencial..

Em outro aspecto, trata-se de uma das únicas vinícolas do Brasil com linha completa de seleção de cachos e grãos, permitindo a elaboração de vinhos com a extrema qualificação dos bagos de uva. Nesta linha de seleção, além da alta tecnologia trabalham 12 operários. Para se ter uma idéia do alto padrão do critério de seleção com todo esse pessoal a Vinícola Kranz processa no máximo 500 Kg de uva por hora.

Outra inovação da Vinícola Kranz é o transporte e a conservação das uvas, que durante todo esse processo ficam em baixas temperaturas.

Na Vinícola Kranz toda movimentação da matéria prima, desde o mosto até o vinho pronto, é executada com bombas peristálticas de tecnologia a mais atualizada do momento (transporte suave) com controle eletrônico, evitando oxigenação do produto.

Todo o processo de fermentação é programado e controlado eletronicamente. O controle físico e químico dos vinhos em todas as suas etapas é executado no laboratório eletrônico. Todo o processo de produção, desde o parreiral até o engarrafamento poderá ser rastreado.




A equipe técnica da Vinícola Kranz é composta por um enólogo de alto padrão, assessorado por um engenheiro de alimentos, e ainda tem consultoria externa de renome no mundo dos vinhos.

A vinícola Kranz se propôs a produzir somente produtos elaborados com grande responsabilidade, seguindo todas as normas de produtos alimentícios, considerando o vinho um alimento e não somente um produto fermentado.

As instalações do tratamento de efluentes da vinícola foram concebidas respeitando o meio ambiente com um projeto elaborado por especialistas da área e é considerado projeto modelo.