Um dos traços característicos de muitos vinhos brasileiros considerados de qualidade superior é a degradação dentro de curto prazo, digamos, cinco anos. Um vinho de renome, uma casta emblemática, um aspecto de evolução exagerada e uma acidez desagradável.
Tenho confirmado esse decaimento em um grande número de rótulos de grande exopressão o que me leva a considerar que os vinhos brasileiros devem ser tomados na juventude, no máximo na idade dos cinco anos.
De vez em quando aparecem amostras surpreendentes com grande perf[ormance bem além dessa limitação dos cinco anos de guarda.
Trata-se do Dom Cândido Cabernet Sauvignon Reserva 2001 que, com mais de dez anos de guarda oferece sua plenitude, vivacidade e muito boa estrutura. Aromas lembrando frutas secas e passas, taninos evoluídos, porém presentes, bom ataque na boca com peso de um corpo médio.
Muito claramente em sua elaboração não se utilizou de expedientes enológicos intervencionistas ou das gotinhas mágicas.
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