Caros amigos, boa
noite
Como de tradição, segue os
últimos informes referente ao volume de vinhos importados pelo Brasil em
2012.
Contrariando os 4 anos
anteriores, em que o mercado de Vinhos Importados crescia a uma média de 13,5%
ao ano, em 2012, o resultado foi ínfimo, apresentando apenas 1,59% de
crescimento em valor e de apenas 1,01% em volume. A causas deste insignificante
crescimento deu-se por 3 motivos bem distintos:
1º. Movimento dos
produtores nacionais em criar barreiras mercadológica's, criando um ambiente de
insegurança e incertezas.
2º. Aumento cambial com
valoração de 37,37% em Dólar e 25,15% em euro's;
3º. Retração no mercado,
principalmente no 2º semestre.
Para uma interpretação, ao
término do ano, sempre utilizamos os dados consolidados dos 3 segmentos mais
expressivos: Vinhos Finos, Champagnes e Espumantes, agregados em uma única
análise.
Como se manifestaram os
principais players deste segmento em 2012:
1º - CHILE
- Como já comentado, descrito e informado em anos anteriores, novamente
apresenta-se na liderança absoluta neste quesito, surpreendentemente em
crescimento, com performance de 9,86% em valor e de 12,87% em volume, porém
abaixo dos 16,29% apresentado em 2011. Contrariando alguns prognósticos
negativos de que já tinha atingido seu ápice e que em breve iniciaria uma leve
tendência de queda. Sua hegemonia se fortalece na grandes cadeias de
supermercados e grandes importadores, que evidenciam, prestigiam e acreditam em
um crescimento na categoria de vinhos com preços de até R$ 25,00 ao
consumidor. Seu Market Share é de 31,48% em valor e de 39,72% em
volume.
2º - ARGENTINA
- Também mantendo como em anos anteriores a segunda posição, contudo
uma ligeira queda de 5,10% em valor e de 13,61% em volume, fato este bem
evidenciado no aumento do custo médio 8,73%, mantendo uma distância entre os
vinhos chilenos de até 24,11% superior. Também devemos observar que as sérias
medidas tomadas pelo Ministerio de Ecomomia y Finanzas Públicas da
Argentina, através da Resolución 142/2012,
não permitindo que as empresas exportadoras (bodegas) financie
suas exportações com prazo máximo de 90 dias, o que obrigou as empresas
importadoras brasileiras a antecipar os pagamentos que tinham de até 180 dias,
inviabilizando as finanças. Este mercado, movimenta-se por oportunidades e é
visível que houve uma transferência de negócios para os vinhos do Chile, que
financeiramente são empresas mais sustentáveis e mais estruturadas e independe
do governo para suas estratégicas mercantis. Sua participação em 2012, estabeleceu-se em 20,05% em valor
e de 20,38% em volume.
3º -
FRANÇA - De acordo com o comentado acima, com a consolidação dos 3
segmentos, a França passa a a ocupar esta posição, devida a forte presença de
Champagnes, que participa com 46,51% do volume total. Sua performance apresentou
um crescimento de 3,33% em valor, considerando que os vinhos franceses tiveram
um aumento real de 5,27%. Participa com 14,93% em valor e 5,63% em
volume.
4º - PORTUGAL -
Seguindo sua tradição de apresentar sempre um resultado positivo, em
2012 não foi diferente, cresceu apenas 2,26%, atingindo 12,11% em valor e 12,18%
em volume, mesmo com uma queda de 8,46% no custo médio dos vinhos.
5º - ITÁLIA
- Mantendo o embate com Portugal já alguns anos, trocando o ranking
entre os mesmos, em 2012, obteve o pior desempenho entre os principais
exportadores, com queda de -15,643, ainda não tivemos uma análise mais profunda
que evidencie esta performance negativa, principalmente no ano em que os
Italianos, apostaram fortemente no mercado brasileiro, para escoar sua gigante
produção, que está estagnada na Europa e com baixo crescimento nos EUA.
Participa com 11,76% de valor e 13,73% em volume.
6º - ESPANHA
- A Furia, segue em disparada, cresceu 16,14% (será que roubaram dos
Italianos ??). O certo é que os vinhos espanhóis, que até algum tempo atrás era
difíceis de encontrar, indicar, escolher e conhecer, estão dia a dia mais
presentes no varejo, e vieram para ficar e não querem ser coadjuvantes. Sua
contribuição foi de 5,43% em valor e 4,36% em volume, com preço médio de USD
3,66 por botella.
DEMAIS
PAÍSES - Participam com apenas 4,24% em valor, com algumas exceções de
crescimento da Africa do Sul (41,72%), Uruguai (6,92%) e USA (13,58%), os países
da Oceania, tiveram uma queda abrupta: Austrália (-14,09%) e N. Zelândia
(-60,42%). Alemanha também apresenta queda de -57,20%.
|
quinta-feira, 17 de janeiro de 2013
ADÃO MORELATTO COMENTA VINHOS IMPORTADOS NO BRASIL
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário