sábado, 19 de janeiro de 2013

VINHOS ARGENTINOS - A QUALIDADE DITA A HISTÓRIA

As primeiras videiras devem ter sido plantadas na Argentina na atual província de Santiago del Estero, trazidas do México por missionários cristãos em torno de 1550/60. Desta localização foram levadas, anos mais tarde, para San Juan e Mendoza, inaugurando aquela que seria uma das mais importantes províncias vinícolas do mundo.

As dificuldades de se trazer mudas da Europa fez com que esta iniciativa florescesse naquelas paragens argentinas baseando-se na geração de mudas a partir de sementes. Dizem que isso deu origem às variedades Criollas com suas características particulares já que as sementes brotam sem reproduzir exatamente a videira-mãe.
 
A grande expansão dos vinhedos no país se deu a partir do ano de 1883 com a implantação de um centro de desenvolvimento em Mendoza, a Quinta Normal de Agricultura, coincidente com a chegada de imigrantes italianos e espanhóis.
 
Até épocas recentes, a Argentina foi considerada como produtora de grandes volumes de vinhos mais básicos, principalmente dominados pelos cortes da Bonarda com as distintas Criollas, inundando o mercado brasileiro com vinhos rotulados de "vino tinto fino", sem identificar a composição varietal.
 
Mas, com um dos maiores potencias para a qualidade do mundo, associado a um consumo per capita de 90 litros anuais, a produção argentina passou por uma grande revolução operacional e conceitual a partir dos anos 1970, consolidada ao redor de 1995.
 
Primeiramente este altíssimo consumo teve queda abrupta e acomodou-se no nível de 40 litros, pressionado pela concorrência da cerveja de boa qualidade e pela rusticidade da qualidade dos vinhos em geral.
 
A situação impôs mudanças na produção de vinhos que, como muitos outros países, passou pela redução drástica da quantidade e focaram o trabalho sobre os fatores determinantes da alta qualidade, passos efetivados a partir de 1985.
 
Em apenas dez anos o panorama vitivinícola mostrou reduções importantes da área de vinhedos, erradicando aqueles mal formados e eliminando variedades menos nobres, dando lugar a vinhedos planejados de castas internacionalmente empregadas na elaboração dos melhores vinhos.
 
As potencialidades e o movimento modernizante atraíram grandes grupos estrangeiros que passaram a se implantar ou participar de projetos vinícolas de expressão. Capital e experiência foram aportados em abundância!
 
Atualmente o vinho argentino gosa de grande reputação mundial e oferece muitas  alternativas de alta qualidade como falam bem alto os grandes caldos como, entre muitos outros, o Caballero de la Cepa (Finca Flichiman), Trapiche, Terrazas de los Andes, Altos Las Hormigas, Santa Julia, San Pedro  de Yacochuya e Rutini. 

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