sexta-feira, 14 de setembro de 2012

CHÂTEAU ARMÉNIE ANTIQUE - RÉCOLTE 4.100 a.C.

Há milhões de anos passados, quando a Terra passava por grandes transformações em sua superfície, o Polo Norte, que era uma região muito úmida, coberta por densa mata, entrou num processo de resfriamento intenso e sua vegetação original passou a migrar em busca de áreas quentes. Nesse grupo de vegetais estavam as ampelídeas, tataravós das videiras atuais.

Na sua longa migração,uma família de videiras (tataravós das viníferas) saltou para a Islândia, para a Grã Bretanha, para a França e, numa contínua busca de proteção, acabou se escondendoo das grandes intempéries planetárias, no Refúgio Armânio, região balisada pelos montes Cáucaso, Taurus e Ararat. Ai sobreviveram e se aclimataram as avós das viníferas que desde há muito ofereceram uvas graúdas, vistosas e muioto apetitosas.

Essas uvas, nas encostas do monte Ararat, apeteceram a turma do Noé quando por lá desembarcaram da famosa Arca há mais de 6.800 anos. Conta a lenda repleta de fantasias forçadas que Noé fez vinho, bebeu e perdeu a compostura. Numa interpretação mais realista, Noé com sua pequena Arca e alguns pares de animais mais dóceis, parou nas proximidades do monte e conheceu o vinho que a população da região elaborava. Esta é uma discussão que somente deve ser levada adiante com taças bem servidas de um bom vinho!  

Uma equipe de arqueólogos da Universidade da CalifórniaLos Angeles (UCLA) descobriu em uma gruta na Armênia, não muito distante do monte Ararat, mais próxima da divisa com o Irã, restos de uma instalação que materializam uma umagem arqueológica completa do processo de vinificação. 

 
Foto tirada do Diário do Comércio de 12 de janeiro de 2011, mostra a mais antiga adega conhecida
 
 
Com a descoberta da adega de vinificação mais antiga conhecida até o momento, foi possível conhecer as fases implantadas de esmagamento de uvas, fermentação e recipientes de guarda. Chamou a atenção que entre os resíduos havia sementes de uva, restos de esmagamento, restos de peças cerâmicas e caneca (Folha de São Paulo, 12 de janeiro de 2011
 
Dos resíduos orgânicos foram obtidos átomos de carbono suficientes para estimar a idade do achado em torno de 6.100 anos!

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