A
Moldávia é um antigo produtor de vinhos, foi fornecedor exclusivo do mercado
soviético e recentemente foi liberado para ampliar livremente suas exportações. Isso indica
que poderemos em breve provar aqui no Brasil os vinhos que encantavam os Romanov.
Com um pequeno território que foi desmembrado da Romênia, construiu a sua história com muitos elementos ligados à vinicultura, que constitui uma secular ocupação de sua população.
Constam nos seus registros que há 2500
anos os colonizadores gregos difundiram na região a cultura vitivinícola que era atividade básica na economia da antiga Grécia. Houve não só continuidade mas, especialmente, um grande impulso na evolução
da cultura de vinhedos e no fabrico de vinhos, quando essas terras foram ocupadas pelo Império Romano. Esta
importante contribuição romana pode ser confirmada na extensa terminologia que persiste até nossos dias.
As regras que disciplinam as atividade vitícolas já eram vigentes na Idade
Média e sempre operaram para garantir boa qualidade dos
vinhos. Por essa razão, no século 14 vendiam vinhos para a Polônia, Rússia, Turquia e Ucrânia,
criando a tradição de exportador de vinhos e uvas.
Um novo
estágio desta atividade começou a se desenvolver após a anexação da Moldávia à Rússia em
1812, quando a nobreza russa começou a importar videiras da França. A partir dessa providência a Moldavia consolidou-se como a maior produtora de vinhos da Rússia, com uma participação em torno com 50% da produção total.
Com o advento da ação nefasta da filoxera nos vinhedos europeus, os vinhos da Moldavia foram exportados para diversos países, incluindo a França.
As
regiões produtoras foram demarcadas, os vinhos tintos da o pequeno área vinícola de Purcariana no distrito de Bender conheceu fama e reconhecimento. A visisbilidade internacional foi desperatada com o recebimento de medalha de
ouro na International Parisian Exhibition em 1878.
Em 1950
teve início um programa de restauração das vinícolas começaram a ser restauradas, englobando trabalhos de reformas e ampliação nos vinhedos e adegas, inclusive com reunião de vinícolas. Destas ações resultaram produtores mais fortes e competitivos e, na atualidade, as maiores produtoras da Moldavia são as vinícolas Cricova, Milestii Mici e Branesti.
As boas consequências dessas providências deram um novo impulso de desenvolvimento nas décadas seguintes criando a falsa sensação de que seria um progresso permanente, dentro do qual houve grande diversificação dos vinhedos e dos vinhos. A vitivinicultura da Moldavia atingiu uma área de vinhedos de 220 mil hectares e uma produção anual ao redor de 4 milhões de
litros.
Na altura da década de 1980, vieram os primeiros impactos contra a produção de vinhos, em especial, com a vigência de leis de combate ao alcoolismo, que resultaram na erradicação grandes área de vinhedos que ficou praticamente reduzida a um terço do original. Outro duro golpe foi a depressão do valor comercial do vinho.
Felizmente essa decisão oficial equivocada cedeu lugar para que, na década de 1990, a vitivinicultura da Moldavia fosse aos poucos retomando seu vigor, agora com grande foco nos aspectos de qualidade da produção, assim renascendo para uma nova fase de grande sucesso mundial.
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