quarta-feira, 28 de novembro de 2012

DUNAMIS MERLOT BRANCO - O PRIMEIRO BLANC DE NOIR BRASILEIRO



O único vinho Merlot Branco do Brasil é o novo lançamento da Dunamis Vinhos e Vinhedos. A novidade tem a marca da inovação que vem caracterizando esta vinícola, nos seus dois anos de existência completados neste último dia 26 de novembro.
 
A base para elaboração de vinhos brancos de uvas tintas está no cuidado de proceder à espremedura e, imediatamente, separar as cascas da uva, vinificando apenas a polpa que é totalmente branca.
 
O Dunamis Merlot Branco complementa a coleção “Shall We Dance?”,uma linha de vinhos varietais  que, pela alegria e leveza, convidam o apreciador para dançar. “O frescor, a leveza e a brasilidade são os principais elementos desta linha”, define o diretor-executivo da empresa Júlio César Kunz. Segundo ele, os vinhos “Shall We Dance?” buscam a melhor expressão da natureza nos terroirs da Dunamis, da cultura colorida do Brasil nos seus rótulos e a alegria do brasileiro no jeito descontraído de consumo. Além da tradicional Merlot, a coleção conta com as variedades Cabernet Franc e Pinot Grigio, pouco cultivadas em solo brasileiro.
 

Júlio Kunz revela que a opção por vinificar em branco uma variedade tinta (Merlot) segue a postura de oferecer oportunidades de descobertas ao público. “Também procuramos uma expressão completamente diferente desta variedade, acompanhando a balada da coleção “Shall We Dance?”, mostrando a todos que ainda há muito a ser descoberto no mundo do vinho, especialmente no Brasil”, afirma. Agora, o consumidor pode comparar os dois vinhos Dunamis “Shall We Dance?” com a uva Merlot, percebendo as diferenças entre uma vinificação tradicional em tinto e a alternativa, em branco.
 
 O proprietário da Dunamis, José Antônio Peterle, acrescenta que para seguir a filosofia de simplificar o momento de consumo dos vinhos, o preço será convidativo: R$ 39,90. Foram elaboradas apenas 4 mil garrafas do produto.


Vinificação em branco

Há várias maneiras de vinificar em branco uma uva tinta. A mais popular talvez seja a separação da casca depois de prensar a uva no tanque de fermentação (tecnicamente, logo no início da fermentação as cascas ficam suspensas e se diz que o “o chapéu subiu”, possibilitando a separação do líquido). No caso da Dunamis foi diferente. O especialista em vitivinicultura e consultor da Dunamis, Emílio Kunz Neto, explica
que a uva Merlot sofreu uma prensagem leve, sem desengace, para extração do suco, chamado de mosto-flor. Os cachos não foram retirados, a exemplo do que se faz na região de Champagne, na França, porque auxiliam na drenagem do suco. Assim, a tinta da casca da uva Merlot não se mistura ao mosto, evitando a transferência de cor. O mosto branco foi então fermentado a baixas temperaturas para garantir maior frescor e aromaticidade. “Desse modo obtemos naturalmente uma cor mais clara, preservando os precursores dos aromas”, argumenta.

A elaboração de um vinho branco com uva tinta (“blanc de noir”) traz algum risco. É comum encontrar na Europa vinhos à base de uvas tintas com um tom rosa claro (“blush”). Emílio Kunz Neto observa que após a vinificação em branco, é preciso um cuidado redobrado, porque o processo não evita a presença de uma pequena quantidade de polifenóis e flavonóides – extraídos da casca da uva tinta – no vinho branco, que, reduzidos, são incolores. Mas como ocorre nas frutas (uva, maçã, entre outras), com a maturação existe um ganho de cor. “A oxidação gradativa leva os vinhos brancos com uvas tintas a ficarem rosés com o tempo”, observa Kunz. “É o mesmo processo que faz vinhos brancos ganharem uma cor amarela mais evidente com o passar dos anos”, acrescenta. Em Champagne, onde a Pinot Noir é utilizada amplamente, a segunda fermentação resolve esta questão. “Tivemos de simular uma segunda fermentação para retirar seletivamente esses componentes sem alterar a estrutura e o sabor do vinho”, explica. A técnica usada é mantida em sigilo pelo consultor.

Outra singularidade deste novo lançamento da Dunamis é que a uva Merlot foi preparada desde o vinhedo para se tornar um vinho branco. Cultivada em Dom Pedrito, na Campanha Gaúcha, no vinhedo de solo argilo-arenoso, as uvas Merlot foram colhidas manualmente na safra de 2012 depois de uma maturação especial para vinhos brancos, ou seja, a condução foi feita de modo que as uvas tivessem uma acidez mais alta. O resultado é um vinho fresco e aromático, com 12% de álcool, seguindo a filosofia de álcool moderado dos rótulos da Dunamis.

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