A
LVMH, Louis Vuitton Moët Hennessy, detém a propriedade de grandes marcas (grifes) ícones
mundiais e disso vem a obsessão pela qualidade sempre em nível alto. A Moët &
Chandon é uma das respeitáveis marcas da grande empresa. Em meados da década de 1950
enviou para a América do Sul o seu diretor de enologia, Renaud Poirier, com a
missão de investigar regiões de grande potencial para produção de vinhos de
qualidade realmente distintiva.
Depois de muitas viagens, terminou sua
procura quando encontrou-se na região de Mendoza na
qual ele se aplicou com mais rigor e elegeu a zona de Lujan de Cuyo como o terroir ideal para vinhos de
alta gama.
Já
existiam na área vinhedos desde que os espanhóis ultrapassaram os Andes vindo do Chile. Mas, algumas bodegas antigas produziam seus vinhos sem conhecer seu valor potencial e, porisso, pediam preço de venda de suas instalações que não
refletia o potencial enorme que abrigavam. Uma vez definida a escolha teve
início a compra de propriedades e um acompanhamento criterioso do desempenho
dos vinhedos e da qualidade dos vinhos resultantes.
Em
1991, o engenheiro e enólogo Hervé Birnie-Scott foi designado para trabalhar na
Argentina e logo percebeu que os vinhos
elaborados com uvas de altitude apresentavam predicados especiais em termos de cores,
aromas e estrutura. Lançou-se decididamente no desenvolvimento do projeto
Terrazas de los Andes, buscando identificar o melhor desempenho de cada casta
de acordo com a altitude da localização do vinhedo.
Para
abrigar o projeto foi comprada uma adega antiga, datada de 1898, que foi inteiramente
recuperada respeitando seu estilo original e totalmente aparelhada com instalações de primeiríssima
geração da Europa.
Nas
várias propriedades do grupo havia vinhedos plantados desde o ano de 1925 e as
altitudes variavam de 800 metros no Terraza de Cruz de Pedra, 980 metros no Terraza de
Pedriel, 1069 metros no Terraza de Vistalba, até 1200 metros no Terraza del Valle de
Tupungato.
Os
acompanhamentos da maturação das uvas através do conteúdo de açúcar na polpa e da
concentração de polifenóis maduros na casca, conduziu ao conhecimento preciso
que definiu a melhor altitude para cada variedade. Assim, a máxima expressão do
vinho se deu para a Syrah nos 800 metros, para a Cabernet Sauvignon nos 980
metros, para a Malbec nos 1.067 metros e para a Chardonnay nos 1.200 metors.
Os
varietais básicos fáceis de tomar, revelam sabor frutado e taninos redondos: 10
a 12 ton. / ha, 6 meses em barricas de
carvalho e 3 meses de descanso em garrafa – Malbec, Cabernet Sauvignon, Syrah e
Chardonnay. Rotulados originalmente como Terrazas de los Andes, agora levam o
nome de Altos del Plata.
Terrazas de los Andes Reserva: varietais premium de estrutura e complexidade - 8 a 10 ton/ha. Para os tintos Malbec, Cabernet Sauvignon e Syrah, de 12 a 14 meses em barricas de carvalho e 6 meses de descanso em garrafa. O branco Chardonnay é fermentado em barrica, passando por carvalho de 7 a 8 meses, descanso de 6 meses em garrafa. O branco Torrontés não passa por carvalho para potencializar seu intenso frescor e incisivos aromas florais.
Terrazas de los Andes Reserva: varietais premium de estrutura e complexidade - 8 a 10 ton/ha. Para os tintos Malbec, Cabernet Sauvignon e Syrah, de 12 a 14 meses em barricas de carvalho e 6 meses de descanso em garrafa. O branco Chardonnay é fermentado em barrica, passando por carvalho de 7 a 8 meses, descanso de 6 meses em garrafa. O branco Torrontés não passa por carvalho para potencializar seu intenso frescor e incisivos aromas florais.
Terrazas
de los Andes Afincado: 6 a 8 ton./ha (vinhedo com alta densidade de plantas
gera ao redor de 1,2 kg/videira), envelhecimento por 18 meses em barrica de
carvalho e 12 meses em garrafa antes da comercialização, varietais de Malbec
(vinhedo de 76 anos) e Cabernet Sauvignon (vinhedo de 35 anos). Há um Afincado
Tardio de Petit Manseng, fermentado em barrica durante 4 meses, passando por
carvalho por 12 meses e descanso de 6
meses em garrafa, exótico e muitíssimo agradável.
O "case" Terrazas de los Andes materializa as vantagens da altitude para os vinhos de alta qualidade, seja pela insolação mais intensa, seja pelo ciclo de frutificação mais longo e, ainda, o controle da irrigação. Com adaptações d cada nova região o vinho de altitude é uma realidade que se extende de Mendoza a Salta, aparece na Bolívia e tem manchas importantes no Brasil.
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