Já não era sem tempo! Lucindo Copat, além de enólogo distintivo, faz parte de um pequeno grupo de profissionais que construíram os alicerces do vinho brasileiro de qualidade.
Profissional formado na década de 1970, fez graduação em Mendoza, na Argentina, em Tecnologia de Enologia e Indústria Frutihortícola pela Universidad Juan Agustín Maza.
Voltando ao Brasil, iniciou trabalhando na Cooperativa Aurora, quando implementou melhorias no Vinho Mosteiro de garrafão, um vinho de amarelo muito forte, aspecto e sabor oxidado, e depois de melhorias enológicas, chegou a um vinho amarelo claro e de sabor correto. As más linguas da época, normalmente invejosos incompetentes, comentaram que o Copat estava pondo água no vinho original!
Na multinacional Heublein trabalhou na elaboração dos vinhos Joannisberg e Wein Zeller (Fasano), além dos rótulos Marjolet, Lejon e Liebfraumilch. Note-se que esses vinhos como outros de outras vinícolas caracterizavam uma época do vinho brasileiro, calcado na imitação de tipos e nomes estrangeiros.
Christian entrega título a Copat (foto de Janquiel Mesturini)
Por detrás desse movimento estavam as figuras da transição: Copat, Geisse, Catena, Daniel Basile, Rinaldo Dal Pizzol, Regina...O mérito foram as pinceladas de viníferas que passaram a fazer parte do vinho brasileiro, estabelecendo a grande transição para a fase do vinho brasileiro de qualidade mundial, ocorrida na década de 1990.
Nesta fase já estava o Copat na Salton, fazendo parte do desenvolvimento e lançamento da linha Classic, de varietais de viníferas. Daí até nossos dias não se cansou de trabalhar novos rótulos, procurando chegar nos super-premium da Salton como Talento e Desejos, por exemplo.
Parabéns meu amigo Copat! Continue contribuindo ainda mais nesta fase pós-transição do vinho brasileiro!
Nenhum comentário:
Postar um comentário