sexta-feira, 11 de março de 2011

AMARONE - PRIMO RICO DO RECIOTO

Os vinhos Recioto têm sido produzidos há séculos na Valpolicella como resultado de técnicas menos elaboradas e com roupagens de características um pouco diferentes.

Os romanos plantaram vinhedos nos arredores de Verona e devido ao clima mais frio foram obrigados a desenvolver metodologia de secagem das uvas para concentrar o conteúdo de açúcar e obter qualidade da matéria-prima similar àquela comum no sul da Itália.

Com esta providência foram obtidos vinhos de alta graduação de álcool e com açúcar residual que resultava vinho adocicado ou doce mesmo(Recioto) que era o tipo mais consumido na época. Essas características garantiam a integridade do vinho despachado através de atribuladas viagens para alcançar Roma.

Recentemente, ao final da Segunda Grande Guerra podia-se distinguir quatro estilos de Recioto: doce, meio-doce, adocicado e amaro.

A cantina Montresor lançou em 1946 o Recioto Rustico, do estilo amaro, que abriu caminho para o aumento do consumo dos vinhos menos adocicados, que viriam a se chamar Amarone.


A partir dos anos 1950 o Amarone passa a suplantar a preferência que gosava o Recioto e ganha dimensões internacionais. Um marco importante foi que aos 13 de abril de 1953, a Fratelli Bola comemorou os 80 anos de Alberto Bola engarrafando um Amarone 1950, dando cunho oficial ao estilo e ao nome. Depois vieram Masi em 1966 e Bertani em 1970, entre outros tantos produtores que emergiram.

A rotulação inicial imprecisa de Recioto della Valpolicella Amarone foi bem definida em 27 de dezembro de 1990 quando a legislação vinícola italiana estabeleceu oficialmente o nome para o vinho como Amarone della Valpolicella.

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