Tenho degustado da minha coleção de vinhos brasileiros exemplares de bom nome, safras de 1999 a 2003, com alegrias e decepções. As decepções ficam por conta das muitas amostras que, mesmo guardadas em condições ideais de adega, mostram que não suportaram a idade e são vinhos degradados, definitivamente impotáveis.
Como grande vinho foi degustado o Don Laurindo Gran Reserva 2002, um corte de Tannat e Ancellotta, que apresentou excelentes predicados testemunhando um competente trabalho de vinhedo e uma criteriosa aplicação de boas práticas enológicas.
O vinho com 9 anos de garrafa mostrou-se com a cor vermelho vivaz de belos reflexos rubi, aromas frutados de cereja madura, sobre notas achocolatadas e que lembram também frutas secas e café torrado. Um preenchimento convincente de boca, sutil aveludado permeando o equilíbrio muito agradável entre a acidez e a maciez. Seus 13% de álcool dão estrutura gustativa que deixam sobressair no final de boca toques de especiarias e de tabaco.
Um vinho maduro e de grande agradabilidade.
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