A exploração pioneira de vitivinicultura na Campanha Gaúcha, faixa do território riograndense que acompanha a divisa com o Uruguai desde Uruguaiana até Candiota, foi uma conseqüência da imigração espanhola para aquele país vizinho, ocorrida no século XIX, destacando-se especialmente a figura pioneira do basco Harriague.
Na década de 1870, em Salto, no norte do Uruguai, Pascual Harriague, realizava experiências buscando uma variedade que permitisse elaborar um vinho tinto semelhante ao Bordeaux. Dentre as cepas, identificou e formou os primeiros grandes vinhedos com a francesa Tannat, alcançando cerca de 800.000 pés. O sucesso fez com que essa uva logo se difundisse por todo o Uruguai sob a denominação de Harriague.
A partir daí, os vinhos uruguaios encontraram seu lugar o mercado interno daquele país, sob a denominação de vino criollo. Ocorreu um movimento de expansão para o norte de Salto, ao longo da fronteira com a Argentina, até a cidade de Bella Union, de onde mais tarde saíram as mudas plantadas no Brasil, consolidando a fase pioneira da Campanha Gaúcha.
Em 1904, esteve no Rio Grande do Sul o estudioso Brasilino Moura, que observou e registrou as ocorrências de vitivinicultura na região, assim comentando: “Na Uruguayana é onde são produzidos os melhores vinhos do Rio Grande do Sul e onde as terras se mostram mais propícias a essa cultura.”
Assim, essa região, que compreende longa faixa que abrange os municípios de Uruguaiana, Alegrete, Santana do Livramento, Dom Pedrito e Bagé, foi palco da primeira onda de cultivo de videiras européias no final do século XIX. Bem, a essa altura, 1904, temos que considerar que no Brasil (entenda-se São Paulo e Serra Gaúcha), a vitivinicultura engatinhava sobre a estrutura de vinhos rascantes de Isabel.
(Fotografia: Chris Ingles)
Na década de 1870, em Salto, no norte do Uruguai, Pascual Harriague, realizava experiências buscando uma variedade que permitisse elaborar um vinho tinto semelhante ao Bordeaux. Dentre as cepas, identificou e formou os primeiros grandes vinhedos com a francesa Tannat, alcançando cerca de 800.000 pés. O sucesso fez com que essa uva logo se difundisse por todo o Uruguai sob a denominação de Harriague.
A partir daí, os vinhos uruguaios encontraram seu lugar o mercado interno daquele país, sob a denominação de vino criollo. Ocorreu um movimento de expansão para o norte de Salto, ao longo da fronteira com a Argentina, até a cidade de Bella Union, de onde mais tarde saíram as mudas plantadas no Brasil, consolidando a fase pioneira da Campanha Gaúcha.
Em 1904, esteve no Rio Grande do Sul o estudioso Brasilino Moura, que observou e registrou as ocorrências de vitivinicultura na região, assim comentando: “Na Uruguayana é onde são produzidos os melhores vinhos do Rio Grande do Sul e onde as terras se mostram mais propícias a essa cultura.”
Assim, essa região, que compreende longa faixa que abrange os municípios de Uruguaiana, Alegrete, Santana do Livramento, Dom Pedrito e Bagé, foi palco da primeira onda de cultivo de videiras européias no final do século XIX. Bem, a essa altura, 1904, temos que considerar que no Brasil (entenda-se São Paulo e Serra Gaúcha), a vitivinicultura engatinhava sobre a estrutura de vinhos rascantes de Isabel.
(Fotografia: Chris Ingles)
A vitivinicultura moderna da Campanha Gaúcha teve início na década de 70, com a visita de pesquisadores da Universidade de Davis, Califórnia, juntamente com especialistas da Universidade Federal de Pelotas. Os estudos dessa equipe identificou a faixa de terra na fronteira do Brasil com o Uruguai, de aproximadamente 270 mil hectares, com condições ideais para o cultivo de uvas.
Como conseqüência, a empresa americana National Distillers implantou o Projeto Almadén, com investimento de US$ 25 milhões e foi pioneira na implantação da atividade vitivinícola em Santana do Livramento, em 1974.
Colada ao município de Santana do Livramento, na parte central da Campanha Gaúcha, está o município de Dom Pedrito, que se beneficia dos atributos do solo e, principalmente, do clima local.
A alta insolação que ocorre na região nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro, acima das 740 horas, associada à baixa ocorrência de menos de 330 mm de chuvas, geram um Quociente de Maturação (QM) superior a 2,2. Este quociente é o somatório das horas de insolação dividido pelo somatório dos mm de chuva. Quanto mais alto, maior aptidão para o cultivo de uvas viníferas. Como referência, o QM da Serra Gaúcha, de 1,6, é menor.
A ocorrência de frio noturno e da grande insolação durante o dia gera a amplitude térmica benéfica que atende às necessidades da cultura para a obtenção de uvas com maior conteúdo de açúcar e com maturação fenólica, e conseqüente obtenção de vinho de qualidade.
A vinícola Guatambu começou em 2003 a implantar 9 hectares de vinhedos das tintas Cabernet Sauvignon, Tempranillo, Merlot e Tannat, e das brancas Chardonnay, Sauvignon Blanc e Gewürztraminer. O vinhedo localiza-se na Estância Leões, tendo como coordenada geográfica 30°58" S, a 260m de altitude, incluindo-se na faixa das melhores zonas para vitivinicultura mundial. As mudas foram importadas da França e da Itália.
Em 2007 a Guatambu Vinhos Finos firmou parceria com a Embrapa Uva e Vinho, para estruturar a exploração do potencial vitivinícola da região. Os resultados logo começaram a aparecer.
Fruto desta parceria, foi produzido o primeiro vinho Cabernet Sauvignon da Estância, que destacou-se ficando entre as 30% de amostras superiores da safra 2008, na Avaliação Nacional dos Vinhos promovida pela Associação Brasileira de Enologia.
Em comemoração aos 50 anos da empresa Guatambu em 2009, foi lançado o vinho Rastros do Pampa, Premium, um robusto Cabernet Sauvignon com 13% de álcool, cor rubi, aromas de frutas negras maduras, encorpado e complexo na boca, com sabores de frutas maduras e toques de especiarias. Equilibrado, agradável e persistente. Preço ao consumidor: R$ 32,00 a 40,00.
(Fotografia: Chris Ingles)
Em 2010, foi lançado o varietal Ecos do Pampa, 100% Sauvignon Blanc, com a assinatura do enólogo uruguaio Alejandro Cardoso, um dos mais habilitados profissionais na elaboração de vinhos brancos e espumantes do Brasil.
O vinho com 12,5% de álcool, preencheu um lote limitado de 2.570 garrafas, de coloração amarelo esverdeado com reflexos platinados brilhantes, aromas florais de brotos de tomate sobre frutas como pomelo e maçã verde. Na boca explode um frescor intenso decorrente da sua agradável acidez, equilibrada pelo álcool e pela untuosidade que dá ao seu corpo um aveludado e agradável preenchimento do centro da língua. Sua presença de boca é persistente. Preço ao consumidor: R$ 25,00 a 30,00.
O vinho com 12,5% de álcool, preencheu um lote limitado de 2.570 garrafas, de coloração amarelo esverdeado com reflexos platinados brilhantes, aromas florais de brotos de tomate sobre frutas como pomelo e maçã verde. Na boca explode um frescor intenso decorrente da sua agradável acidez, equilibrada pelo álcool e pela untuosidade que dá ao seu corpo um aveludado e agradável preenchimento do centro da língua. Sua presença de boca é persistente. Preço ao consumidor: R$ 25,00 a 30,00.
(Informações: 52 - 3243 3253 / http://www.estanciaguatambu.com.br/)
Um comentário:
Sergio, tudo bem?
Passou bem o ano?
Esse pessoal da Guatambu é gente boa mesmo não? A família toda e ainda por cima os consultores como o Mauro Zanus e o Alejandro Cardozo.
Claro que só iria dar coisa boa.
Estou sentida que a seca por lá esteja prejudicando as outras atividades agropecuárias do grupo. Valter Potter até apareceu no JN.
Grande abraço e espero que nos encontremos em breve no sul!
Silvia
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