Nos primórdios o que existia no berço das viníferas na Armênia, Geórgia e arredores era uma vegetação exuberante cujas árvores altas sustentavam as videiras primevas, na forma de longas trepadeiras que se carregavam de cachos vistosos de uvas apetitosas.
Os agrupamentos humanos eram formados por homens errantes que estacionavam em determinados lugares para a coleta de alimentos. Na época da frutificação das videiras nas florestas as uvas eram recolhidas e levadas para os acampamentos temporários.
Com o crescimento das famílias e grupos, a vida nômade foi se tornando muito complicada, ficando praticamente inviáveis os constantes deslocamentos. Resulta daí a escolha de determinados sítios onde os agrupamentos foram se fixando.
Nessa nova condição, fixado a uma região, o Homem foi se transformando gradativamente de Nômade para Sedentário e, dentre tantas outras conseqüências, gerou o nascimento da agricultura e da domesticação dos animais. Estamos falando de 10.000 anos antes de Cristo.
Mais adiante ocorreria um dos descobrimentos mais auspiciosos para a humanidade que foi o desenvolvimento da cerâmica queimada que proporcionou a fabricação de uma multiplicidade de recipientes que foram sendo incorporados ao dia-a-dia das famílias.
Grandes jarros passaram a ser usados na coleta e na guarda das uvas e outros alimentos.
Jarros eram preenchidos de cachos de uva para consumo ao longo dos dias. Na retirada das uvas a bruteza das pessoas ia amassando as uvas remanescentes e gerando um suco de uva e restos de cachos no fundo do jarro.
Para as novas coletas, os jarros eram desocupados e limpos deste conteúdo. Este detalhe viria a conduzir a humanidade na direção do vinho!
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