quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

A FORÇA EXPORTADORA DA COOPERATIVA VINÍCOLA AURORA

A década de 1980 foi caracterizada pela revelação mundial de vinhos varietais de novos castas, tendência que foi absorvida pela Cooperativa Vinícola Aurora cuja produção acompanhou esta novidade e passou a comercializá-los nos seus lançamentos em 1985. Com essa iniciativa a Aurora ganhou capacidade para participar no mercado internacional, concretizando negócios com a Inglaterra, Dinamarca, Suécia, Noruega, Finlândia, Japão, Canadá, Estados Unidos e outros,

Em 1982, aconteceu a primeira viagem de vendas aos Estados Unidos, quando nasceu o projeto Marcus James na negociação com a empresa United Liquors, de Boston, Massachussets, que mais adiante vendeu o negócio para o grupo Canandaigua Wine Company, do estado de New York. Este meganegócio obrigou a Aurora a se modernizar e a intensificar a convivência de seus diretores, gerentes, enólogos, engenheiros e técnicos para fazer o conjunto caminhar adequadamente.


Contra-rótulo do famoso Marcus James

A grande fase exportadora da Aurora teve início em 1988, na consolidação do grande projeto, com as vendas dos varietais Marcus James para os Estados Unidos, um volume inicial de negócios de 220.000 caixas anuais.

Dentre todas as exportações o grande "case" ficou mesmo com o rótulo Marcus James, cujo volume de vendas viria a atingir 1.100 containers por ano, ou seja, 1.100.000 caixas de vinho anuais. O volume inicial de 220 mil caixas foi crescendo ano a ano e, em 97/98, chegou a um milhão de caixas. Marcou época a propaganda deste vinho pela sua presença em cartas de vinhos de muitos restaurantes norte-americanos.

A marca Marcus James foi eleita pela revista americana Impact, por cinco anos consecutivos, como a "hot brand", ou seja, o grande rótulo do mercado de vinhos naquele país. Foi, sem dúvida, um dos maiores negócio de vinho do mundo até então e, em termos brasileiros, as exportações da Cooperativa representavam 99,9% vendas externas brasileiras do segmento vinícola.



Dentro de sua política de lançar sempre novos rótulos, ocorreu em 1994 o Amazon, um vinho para o mercado da Finlândia.



Rótulo do vinho Brazilian para a Finlândia

Em outra escala de quantidades, Bélgica e Alemanha foram outros significativos importadores de vinhos finos da AURORA até 93, quando medidas protecionistas da Comunidade Européia impuseram barreiras alfandegárias e determinaram o final destas exportações.

Na época, esta ocorrência não chegou a incomodar o esquema de exportação da AURORA, face aos volumes envolvidos no mercado norte-americano.

Não obstante, aqueles vinhos foram redirecionados no mercado europeu, passando a atender o mercado inglês em 1993. O consumidor inglês aprovou os varietais e as exportações passaram a exigir e manter volumes crescentes, ultrapassando em 1998, a casa do meio milhão de litros.

A Aurora viveu uma grande crise econômica ao longo da década de 1990 que foi vencida com muito tabalho e determinação.

Às vésperas de completar 80 anos de fundação, fato ocorrido neste último 14 de fevereiro, a Cooperativa Vinícola Aurora celebra o aumento de 60% das exportações em 2010 em relação ao ano anterior.

No ano passado, a maior e mais premiada vinícola brasileira também conquistou novos mercados internacionais - Irlanda, Polônia e Sirilanka - e voltou a operar com a Suécia e Dinamarca, que se somam à lista de mais de 20 países compradores da Aurora, entre eles França, Estados Unidos, Alemanha, Japão, Suécia e Vietnan.

Como se vê, a Aurora continua sendo a grande força exportadora de vinhos brasileiros.

Um comentário:

Silvia disse...

Grande Sérgio!
Matéria super completa sem deixar de lado uma visão pessoal!
Parabéns! Adorei.