quinta-feira, 21 de abril de 2011

MALBEC: OS TORTUOSOS CAMINHOS DO SUCESSO NA ARGENTINA

(1) A INTRODUÇÃO DA CEPA NA ARGENTINA

Por mais de 150 anos a Malbec marca presença nos vinhedos argentinos. Nesta longa existência passou pelas mais distintas situações, desde a aprovação generalizada pelos viticultores até campanhas de erradicação, que se somaram de forma complementar ou antagônica.

A trajetória definitiva da variedade para se tornar emblemática da vitivinicultura argentina teve o início cravado nos anos finais da década de 1980. A partir de então experimentou sucesso sempre crescente e resultados também auspiciosos.

Variedade francesa de Bordeaux, a Malbec ou Côt Cabernet foi introduzida na Argentina por uma das personalidades históricas mais relevantes do vinho daquele país, o especialista francês Michel Aimé Pouget. Com a criação da Quinta Normal de Agricultura em Mendoza no ano de 1853, ele foi trazido do Chile e nomeado o seu primeiro diretor.

Essa instituição tinha como finalidade a formação de técnicos vitivinícolas e trabalhar em experiências de adaptação de novas variedades européias para ampliar o encepamento argentino.

Pouget havia realizado trabalho idêntico no Chile e de lá trouxe as primeiras mudas de Malbec para a Argentina, multiplicando-as na Quinta.

A partir dos conhecimentos e dos resultados desenvolvidos na Quinta Normal, a Malbec conheceu ampla aprovação entre os produtores da região de Cuyo, entusiasmados com o vigor da videira, o volume das suas bagas e a resistência das plantas às enfermidades. Para completar, o mosto obtido dessa variedade deu lugar a um em vinho de cor intensa, aroma e sabor agradáveis, sobre uma estrutura do bom grau alcoólico. Seu tanino gentil era tudo que se esperava de um vinho bom de churrasco!

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