A primeira vez que estive na Emilia-Romana foi para executar um trabalho de selecionar alguns Lambruscos menos terríveis e, entre eles, o menos pior para que viesse a integrar a família de um rótulo genérico de vinhos italianos típicos como Valpolicella, Amarone, Chianti e assim por diante. Mas muito vinho já se passou debaixo das minhas barbas e espero que a idade tenha amolecido minhas intransigências!
A origem do nome Lambrusco tem diversas versões. Segundo uma corrente popular a aspereza do vinho devida à acidez forte sobre a pobreza de álcool foi definida no dialeto local como "brusc". Outros defendem que a videira foi trazida pelo rio Sacchia e, num ano que ficou gravado na memória popular pelas condições extremamente adversas para a agricultura, ela tenha brotado expontaneamente na ampla planície emilana, levando o nome de Lambrusco, resultante de "l'am brusc" ou "ano brusco".
Facilidades de transporte no início dos anos 1900, principalmente dos tanques vínicos ferroviários, distribuiram o Lambrusco para outras regiões italianas, como também para a Suiça, Alemanha, França e outros países. O sucesso nesses últimos 40 anos fez com que na Regia Emília fossem estimuladas a transformação dos vinhedos e a modernização tecnológica da vinificação.
As castas básicas oficiais para esse frisante são Lambrusco Montericco, Lambrusco Salamino, Lambrusco Marani, Lambrusco Maestri e Ancellotta (Lancellotta). Obviamente, produtos inferiores lançam mão de variedades mais produtivas de menor custo, porém, de qualidade inferior. Os controles mais rígidos estão a cargo do Consorzio di Tutela Del Lambrusco Reggiano, ao qual estão associados ao redor de 40 produtores, que seguem prescrições técnicas mais acuradas que resultam num Lambrusco de qualidade superior a desses vinhos comuns e baratos que se comercializa no Brasil.
Uma outra diferença está na forma de se garantir o frisante com cerca de 2 a 3 kg de pressão interna na garrafa para gerar a espuma na taça. Nos bons Lambrusco a pressão do tanque fechado, no qual se realiza a fermentação, é transferida para a garrafa na forma mais genuína possível pelo gás carbônico naturalmente gerado. Nada de gaseificação artificial.
Resta-nos aguardar que nossos importadores acrescentem aos lotes que já vêm trazendo, parcelas de Lambrusco de melhor categoria e cuja qualidade dê para nós encararmos!
Facilidades de transporte no início dos anos 1900, principalmente dos tanques vínicos ferroviários, distribuiram o Lambrusco para outras regiões italianas, como também para a Suiça, Alemanha, França e outros países. O sucesso nesses últimos 40 anos fez com que na Regia Emília fossem estimuladas a transformação dos vinhedos e a modernização tecnológica da vinificação.
As castas básicas oficiais para esse frisante são Lambrusco Montericco, Lambrusco Salamino, Lambrusco Marani, Lambrusco Maestri e Ancellotta (Lancellotta). Obviamente, produtos inferiores lançam mão de variedades mais produtivas de menor custo, porém, de qualidade inferior. Os controles mais rígidos estão a cargo do Consorzio di Tutela Del Lambrusco Reggiano, ao qual estão associados ao redor de 40 produtores, que seguem prescrições técnicas mais acuradas que resultam num Lambrusco de qualidade superior a desses vinhos comuns e baratos que se comercializa no Brasil.
Uma outra diferença está na forma de se garantir o frisante com cerca de 2 a 3 kg de pressão interna na garrafa para gerar a espuma na taça. Nos bons Lambrusco a pressão do tanque fechado, no qual se realiza a fermentação, é transferida para a garrafa na forma mais genuína possível pelo gás carbônico naturalmente gerado. Nada de gaseificação artificial.
Resta-nos aguardar que nossos importadores acrescentem aos lotes que já vêm trazendo, parcelas de Lambrusco de melhor categoria e cuja qualidade dê para nós encararmos!
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