segunda-feira, 2 de maio de 2011

VINHO ALEMÃO TIRA DE LETRA O CLIMA BRASILEIRO

Harmonização é sempre uma festa para os nossos sentidos. Vivemos o máximo prazer gustativo quando casamos em harmonia um prato desejado com um vinho bem ao nosso gosto.

Se queremos lidar com o tema no Brasil entram em cena centenas de climas e microclimas diferentes cada qual com suas características que implicam combinações distintas. Na parte amazônica temos calor e muita umidade, no interior do Nordeste calor e seca, nas alturas do oeste catarinense muito frio e assim por diante.

Na vitivinicultura alemã moderna encontram-se vinhos das mais varadas personalidades que, carregados de frescor e de leveza, brincam na boca com seriedade e muita delicadeza. É dessa complexa leveza que podemos tirar muito prazer em todo continente brasileiro.

O vinho espumante Riesling Trocken, um biodinâmico elegante e de saliente acidez, delicadamente pica nossa língua, limpa as papilas e traz uma sensação de boca fresca, e nos envolve com seu caráter leve, animado e  festivo. A compania ideal para festas e comemorações, tornando-as mais prazerosas.  Harmonizações viáveis desde os canapés de recepção, passando por um evento com finger food, chegando aos pratos de entrada, comida japonesa e sobremesas.

Um vinho branco com muito equilíbrio entre a maciez e a acidez, traz agradabilidade na boca com uma elegante seriedade mineral ou com delicados frutados/florais, emoldurados com muita suavidade de paladar. Uma alternativa alemã são os vinhos das variedades alemãs Justinus K e Riesling que se casam perfeitamente com os finger food, entradas e comida japonesa, embora com especial vocação para harmonizações com pratos de tendências sutilmente adocicadas como massas com molhos delicados e carne de porco.

Por sua vez, o rosé é um vinho ao mesmo tempo simples e sofisticado. Sua característica versátil permite casamentoss com pratos variados, desde entradas leves até comida de sabor mais forte. Peixes como salmão e truta salmonada, frutos do mar, comida japonesa e carnes grelhadas vão bem com rosés, que antepõem seu toque de morango a esses sabores mais possantes, mas, por outro lado, trazem ao paladar a refrescância almejada. Para apreciar um bom exemplar de vinho rosé alemão, abra uma garrafa do varietal Lemberger Weissherbst Saint Michel, da Cleebronn & Güglingen, resultado da vinificação de uvas de vinhedos especiais, selecionadas manualmente na colheita e na entrada da vinícola.

Lemberger é uma variedade alemã cuja tipicidade eleva seus vinhos entre os grande ícones daquele país. Uma das versões mais interessantes como vinho tinto é o rótulo da Brackenheim, o Neipperger Steingrube Lemberger, Kabinet Trocken, que proporciona harmonizações como os tintos de corpo médio.






Não poderia faltar em hipótese alguma o rei dos tintos alemães, o Spätburgunder, nome da variedade Pinot Noir nos países de lingua alemã. Um bom rótulo é o Emotion Spätburgunder, da Cleebronn & Güglingen, que vai muito bem com carnes de aves ou de caça, com temperos mais comportados.


Para finalizar uma refeição com uma bela sobremesa ou para apreciar confeitos e sorvetes, o Icewein, branco ou tinto, vinho filho de cachos de uva congeladas, é uma excelente opção.


Os vinhos citados foram degustados em sessão de prova da confraria do blog www.todovinho.blogspot.com

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