Quando oficializaram a descoberta do Brasil em 1500, os portugueses já sabiam da sua pobreza material em termos de manufaturados que pudessem ser comercializados na Europa. Deixaram-no esquecido no seu sono selvagem!
Em 1532 enviaram para o Brasil a primeira expedição "civilizatória" sob comando de Martim Afonso de Sousa, dotado de amplos poderes. Me parece que, não tendo tido sucesso no uso da rota indígena do Peabiru (ligação entre o litoral de São Paulo e Cuzco no Peru) para alcançar a Bolívia e o Peru, assim sem chance de partilhar das riquesas da América espanhola, Martim Afonso simplesmente deixou o Brasil.
Brás Cubas - produtor do primeiro vinho brasileiro em 1551
O primeiro vinho brasileiro foi elaborado em 1551 por Braz Cubas, uvas de seu vinhedo onde hoje é o bairro do Tatuapé, cidade de São Paulo. Atividade sem grande expressão, acabou desaparecendo por volta de 1600, atropelado pela fome argentária da exploração das riquezas dos sertões, pedras e metais preciosos, além o apresamento escravista de indígenas.
Jarra de vinho dos tempos coloniais.
Bem mais adiante em 1677, surge outra referência de vinhedo, por iniciativa do Padre Guilherme Pompeu, em Araçariguama, interior de São Paulo. Pelo que consta esta produção não tinha caráter comercial e o vinho produzido se destinava a servir numerosos grupos de visitantes da fazenda para negociar financiamentos de expedições ou comprar escravos indígenas.
No início de 1785, a rainha-mãe de Portugal assinou um alvará que extinguia todas as manufaturas em território brasileiro, inclusive o que houvesse de incipiente produção de vinho. Com a fuga da corte portuguesa para se refugiar no Brasil, em 1808, D. João VI assinou a anulação daquele ridículo alvará.
A seqüência dos fatos mostra claramente que enquanto colônia o Brasil não teve vitivinicultura própria e foi obrigado a consumir vinhos portugueses a preços abusivos como, por exemplo, cerca de 40 litros de vinho custavam o mesmo que um cavalo ou um boi!
(1 / 5) PORTUGAL DOES NOT WANT BRAZILIAN WINE
When officiated the discovery of Brazil in 1500, the Portuguese already knew their material poverty in terms of manufactured goods that could be marketed in Europe. They let him aside in his wild sleep!
In 1532 sent to Brazil the first "civilizatory" expedition under the command of Martim Afonso de Sousa, endowed with wide powers. It seems to me that not having had success in using the indigenous Peabiru route (linking the coast of Sao Paulo and Cuzco in Peru) to reach Bolivia and Peru, and sharing the riches of Spanish America, Martim Afonso gave up and simply left Brazil.
São Vicente, litoral de São Paulo, primeiras tentativas vitícolas a partir de 1532
The first Brazilian wine was produced in 1551 by Braz Cubas from grapes of his vineyard in place that is now the Tatuapé neighborhood, city of Sao Paulo. Activity without much expression, disappeared around 1600, hit by famine of richness by exploiting the riches of the hinterlands, precious metals and stones, and the arresting of indigenous slavery.
Later on, there was another reference vineyard in 1677 on the initiative of Priest Guilherme Pompeu in Araçariguama, São Paulo. By appearing to me, in this production had no commercial character and the wine produced was intended to serve large groups of visitors in the farm to negotiate funding for expeditions to hinterland or to buy Indian slaves.
In early 1785, the Mother-Qeen of Portugal signed a charter which extinguished all manufactures in Brazil, including any incipient production of wine. With the flight of the Portuguese court to seek refuge in Brazil in 1808, D. John VI signed the annulment of that ridiculous charter.
The sequence of events clearly shows that while a colony, Brazil did not have its own wine and was forced to consume Portuguese wines at excessively high prices, for example, about 40 liters of wine costing the same as a horse or an ox!
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