Comento com a autoridade de quem andou com o saudoso Dilor de Freitas dentro de uma imensa cratera na encosta do terreno dentro da qual hoje está cravada uma das mais belas vinícolas do mundo. Da mesma forma andei com amigo Maurício Grando quando ele mostrava orgulhosamente uma coleção de videiras finas das quais iria tirar aquelas que iriam formar seus grandes e perfeccionistas vinhedos. Também conversei com o pesquisador Francisco Brito quando as primeiras experiências de vinificação saiam de suas mãos. Convivi momentos de muita importância com o jurista Edson Ubaldo passeando por pequeno vinhedo, antigo e pioneiro, lá pelas bandas de Campos Novos.
Devo comentar porque assisti ao parto natural e o nascimento da Acavitis – Associação Catarinense dos Produtores de Vinhos Finos de Altitude, pelas mãos de um grupo liderado pelo Manoel Paulo de Freitas, reunindo sonhos e planos daqueles poucos que nem eram ainda efetivamente vinhateiros. A união desarmada de pessoas, empresários e pesquisadores, que não traziam a experiência do "nonno" ou do "bisnonno", abriu uma nova janela para o futuro do vinho brasileiro.
Estive ultimamente acompanhando meus amigos da Acavitis e notei alguns descompassos que me preocuparam porque um diferencial dos catarinenses era a inexistência de divisões e antagonismos exacerbados.
Conhecendo a capacidade do Bassetti, do Kranz, do Grando, do Nazario, do Suzin e de tantos outros amigos do vinho catarinense, conclamo-os a iniciar uma campanha para a
coesão de todos, todos mesmo, para a grandeza da Acavitis e do vinho fino de altitude catarinense!
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