Entrei na minha adega, apanhei uma garrafa sem rótulo, simplesmente etiquetada como Casa Valduga, Cabernet Sauvignon, Gran Reserva 2005, e abri para fazer a prova dos vinhos brasileiros mais maduros.
O vinho foi decantado e, depois do descanso, foi para os cálices.
Fomos postivamente surpreendidos por um vinho bom para ser bebido, embora com estrutura para suportar mais alguns anos de guarda.
A cor intensa e ainda viva (sem aditivos enológicos), bem demonstrava a qualidade do vinho. Lágrimas intensas, gordas e preguiçosas denunciavam o toque aveludado na boca. No nariz, uma mescla de baunilha, framboesa e casca de jabuticaba, emoldurados por leve tabaco. No paladar um ataque com pleno preenchimento do centro da boca, frutas maduras, baunilha e toque de taninos maduros. Um vinho bem equilibrado com final de boca agradável e longo. E precisava mais?
Este é o tipo do vinho que você não consegue parar na primeira garrafa...Paramos porque era filha unica de mãe solteira com o soldado desconhecido! Traduzindo, só havia uma garrafa.
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