sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

WINES FROM SWITZERLAND ...MUITO ALÉM DO CHOCOLATE!

A existência da videira na Suíça remonta aos afastados tempos entre 3.000 e 1.800 a.C., segundo testemunho de sementes encontradas na região de Neuchâtel.

Quanto à vitivinicultura, foi iniciada pelos romanos nas várias áreas hoje regiões vinícolas consagradas, fruto de suas passagens rumo ao interior europeu. Mais adiante, lá pelo ano 700 d.C., ocorreu a implantação de mosteiros, como o de Aigle onde, pelo trabalho dos monges, praticou-se a vinicultura. Em 1291 era a vez de Dézaley, já na beira do lago

Desde 1291 ocorreu um grande crescimento da vitivinicultura na Suíça, que atingiu um auge ao redor de 1877, com uma área de 35.000 hectares de vinhedos.

A partir desse ano, aproximadamente, a atividade vinícola entrou em declínio, face à pressão dos baixos preços dos vinhos importados, da destruição de vinhedos pela filoxera e da concorrência imposta pela industrialização nas regiões vinícolas próximas de Genebra, reduzindo a área plantada para 12.500 hectares.

Na década de 1960, a terra de Jean Piaget viu o início de uma recuperação com intensivo uso de fertilizantes e introdução de seleção de clones de videiras, visando a maior produção.

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Ao final da década de 1970 foi disparado o resgate da castas autóctones e o projeto de incremento geral da qualidade. Os resultados já podem ser vistos, ou melhor, degustados, através de muitos bons vinhos, especialmente aqueles procedentes do Valais. Desde a década de 1990 está em curso um programa de salvaguarda das castas autóctones que se propõe compor os vinhedos de Valais com uvas típicas em um quarto dos seus vinhedos.

A Suíça, além de apreciar relógios e chocolate, tem alto consumo anual per capita de vinho, cerca de 40 litros, razão pela qual consome praticamente toda a produção interna, deixando somente qualquer coisa como 10% para a exportação.

Desta pequena parcela de bons vinhos exportados, a importadora brasileira Vitis Vinifera, capitaneada por José Augusto Saraiva, vem trazendo rótulos da cooperativa Provins Valais, responsável por cerca de 10% da produção do país. Eles trabalham com 40 distintas variedades de uva de vinho, das quais 20 são autóctones suíças.

Para uma amostragem bem significativa, a Vitis Vinifera organizou um painel com os seguintes rótulos típicos:

Provins Heida du Valais AOC – Maitre de Chais, 2007, 13,5%, varietal branco da autóctone Heida ou Païen, cor amarelo verdeal, aromas de frutas brancas como pêra, toques cítricos e tons minerais, boca refrescante, acidez marcante em equilíbrio com a maciez. Final longo e agradável. Preço R$ 109,00.



Provins Cornalin du Valais AOC – Maitre de Chais, 2006, 13,5%, varietal tinto da autóctone Cornalin, passagem por carvalho francês por 15 meses, cor vermelho escuro profundo, aromas de frutas silvestres como amora e cereja, sobre toques sutis de especiarias, bom preenchimento do centro da boca, estrutura complexa e concentrada, taninos elegantes, acidez correta. Final forte e longo. Preço R$ 121,00.

Provins Domaine Evêché Valais AOC, 2006, 14%, um robusto varietal da autóctone Diolinoir , passagem por carvalho e pinus, cor vermelho rubi com reflexos groselha, nariz com especiarias e nuances sutis de morango, bom ataque na boca, corpo médio com baunilha e cravo, chocolate. Final longo e agradável. Preço R$ 137,00.



Provins Fendant du Valais AOC Swiss Valley, 2008, 12%, um interessante varietal de Fendant (nome suíço para a Chasselas), amarelo claro verdeal, aroma floral com toques de frutas brancas como banana prata, boca muito fresca pela presença de leve gás carbônico natural. Preço R$ 51,00.

Provins Grains de Malice – Valais AOC – Maitre de Chais, 2005, 13,5%, um colheita tardia do corte de Marsanne Blanche e Pinot Gris, com passagem por barris de carvalho por 15 meses, lic oroso de cor amarelo mais para dourado, aromas de compotas de frutas, frutas tropicais como manga, leve toque mineral, frescor dado pela acidez. Preço R$ 200,00.

Provins Humagne Blanche du Valais AOC - Maitre de Chais, 2005, 13.5%, um varietal branco da casta autóctone Humagne Blanche, cor amarelo mais forte, aromas cítricos sobre flores de laranjeira, toques fumés, boca elegante e equilibrada, acidez correta e refrescante. Preço R$ 109,00.


Provins Petite Arvine de Fully AOC - Maitre de Chais, 2008, 14%, um varietal branco da casta autóctone Petite Arvine, cor amarelo claro, nariz de frutas cítricas sobre notas minerais, ataque forte na boca, com notas cítricas e fundo mineral, final de boca persistente. R$ 109,00.

A viagem enológica pelas pérolas autóctones suíças poderia se alongar por outros rótulos como Humagne Rouge de Leytron, Johannisberg de Charmoson,Pinot Noir du Valais, Rouge d’Enfer, Vielles Vignes e assim por diante.

O melhor mesmo é conhecer toda a linha da Vitis Vinifera, www.vitisvinifera.com.br .

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