Para quem conhece os vinhos argentinos há mais de 30 anos vai se lembrar dos primeiros Torrontés que tomou, bem geladinho, perfumado e forte de boca. Estamos falando do Torrontés Etchart, produzido pela família Etchart que, capitaneada por Arnaldo Etchart, foi quem descobriu os vinhos de altitude do noroeste da Argentina.
Aquela bodega original foi vendida por Arnaldo Etchart para a Pernod-Ricard que deu contuidade à produção.
Ocorre no entanto que Arnaldo Etchart escolheu a dedo um pedaço de terra especial a 2000 metros de altitude e o adquiriu em 1988.
Nas terras compradas havia vinhedos de várias castas, especialmente, Criolla Chica, Malbec, Cabernet Sauvigno e Torrontés. A Criolla Chica, videira dos tempos coloniais espanhóis, foi eliminada e deu lugar para novos vinhedos de Malbec e Cabernet Sauvignon. Ao mesmo tempo foram mantidos vinhedos de Malbec com idade de 80 anos, de Torrontés e Cabernet Sauvignon de 50 anos.
Em 1992 montou a nova empresa e em 1998 implantou a nova adega com todos os conhecimentos acumulados e já em 1999 elaborou a primeira produção. A família Etchart que se tornou quase sinônimo do bom Torrontés, é agora responsável por robustos vinhos de altitude!
Agora imaginem o encontro de Marcos Etchart, dotado de toda sua vivência com a região, herdada, experimentada e vivenciada, com Michel Roland, o flying winemaker mais famoso do mundo. O resultado pode ser apreciado nos excelentes vinhos tintos da vinícola San Pedro de Yacochuya.
A degustação que fiz com Marcos foi um curso sobre os vinhos de altitude e de alta qualidade do noroeste argentino, Cabernet Sauvignon, Malbec, Tannat e Torrontés, vinhos carnudos, com bom peso no centro da boca, equilibrados e com promessa de longa guarda.
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