sábado, 8 de outubro de 2011

AÇORES – VINHOS PORTUGUESES DIFERENTES

Estamos acostumados com os vinhos portugueses através da profusão de rótulos que nos chegam das regiõesmais tradicionais daquele país. Não passa pela nossa cabeça a lembrança dos vinhos licorosos e dos vinhos normais dos Açores que uma vez ou outra pudemos degustar.
Um conjunto de 9 ilhas no meio do Oceano Atlântico, distante mais de 1.500 km da costa portuguesa, constituem o Arquipélago dos Açores, onde a colonização teve início em meados do século XV, época em que frades franciscanos inauguraram o plantio de videiras.

A primeira condição identificada fazia paralelo do clima dos Açores com o clima da Sicília, o que levou à introdução de castas típicas daquela parte italiana, dentre tantas a a alvasia, a Aragonês (Tinta Roriz), a Verdecchio Siciliano, esta de grande adaptação e que é atualmente conhecida por Verdelho.

A vitivinicultura prosperou efetivamente em três das ilhas: Terceira, Pico e Graciosa, a ponto de xchegarem à condição de I.P.R. – Indicação de Procedência Regulamentada: Biscoitos, Pico, Graciosa.

Na ilha Terceira, sob a proteção da IPR Biscoitos, é produzido um vinho licoroso branco que ganhou renome, o Biscoitos, nome que deriva do solo pedregoso, com seixos escuros, semelhantes aos biscoitos de polvilho, consumidos como pão naqueles afastados tempos.

O maior destaque mundial veio dos vinhos produzidos na ilha de Pico, especialmente da casta Verdelho, exportados para grande parte da Europa, inclusive para os czares russos, antes da revolução bolchevique de 1917. O IPR Pico oferece um vinho branco licoroso, de uvas produzidas em terrenos pedregosos, na costa oeste, protegidos da ação dos ventos dentro dos famosos currais, pequenos quadrados cercados por muretas de pedra solta.

Finalmente na ilha de Graciosa, sob a IPR Graciosa, adotando-se os mesmos currais que, sempre, levam a uma baixa produtividade dos vinhedos.

Embora sem repetir a excelência dos grandes vinhos portugueses, os vinhos dos Açores devem ser experimentados pelo diferença que aportam a conhecido conjunto. 

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