quinta-feira, 18 de outubro de 2012

MARIA VALDUGA - UMA RAINHA DOS ESPUMANTES BRASILEIROS

Esta pérola de espumante foi resultante da vindima de 2006, com composição de 80% de Chardonnay e 20% de Pinot Noir, uvas colhidas no Vale dos Vinhedos (terroir apropriado para espumantes), vinhedos cultivados em espaldeira simples, poda em cordão esporonado e carga total de 60.000 gemas nas 4.000 videiras por hectare, com tratos culturais que seguiram as práticas mais adequadas para a obtenção de alta qualidade, ou seja, desbrota, desponta, desfolha na região dos cachos, raleio de cachos para a redução da produtividade por pé. Com essas uvas de alta qualidade processou-se a vinificação obedecendo aos critérios do método tradicional.


 
Elaboração do vinho base
 
Os cachos de uva resultantes de uma viticultura exigente, ainda passam por uma última seleção e, depois desta, sofrem prensagem direta e separação do mosto flor (50%). Seguem, limpeza estática do mosto, aplicação de leveduras selecionadas Saccaromyces Cerevisiae para fermentação alcoólica sob temperatura controlada entre 15 e 16° C, estabilização tartárica e filtração.
 
Tomada de espuma
 
É feita a inoculação de leveduras selecionadas no vinho base e parte-se para o engarrafamento, que ocorre com a adição do licor de tiragem. A segunda fermentação transcorre dentro da garrafa sob temperatura controlada no nível dos 12°C. A maturação é conduzida por 48 meses dando lugar a uma autólise mais completa das leveduras, ponto fundamental para resultar as bolhas minúsculas do espumante. A remuage em pupitres garante a limpeza dos acúmulos de resíduos das paredes da garrafa, conduzindo-os para a região do pescoço, assim preparando as condições ideais do degórgement. Após este, adiciona-se o licor de expedição, coloca-se a rolha com sua gaiola, veste-se a garrafa com rótulos e paramentos.


 
Apreciação
 
Visão: espumante de corpo cristalino, límpido e brilhante, cor amarelo palha, perlage intenso, bolhas finíssimas e persistentes que alimentam uma generosa coroa na superfície.
 
Olfato: a lenta maturação deste espumante formou aromas complexos, intensos e elegantes, exibindo notas de pêras em calda sobre toques de maçã cozida. Estão salientes traços amanteigados de brioche e leve tostado de panificação.
 
Paladar: um crescimento incisivo sobre a língua, espalhando cremosidade com bom preenchimento da boca, acidez equilibrada com ótimo e agradável frescor, sabores de compotas de frutas brancas e um amanteigado de panificação fina. Persistente e com agradável retrogosto.
 
 
Características gerais
Álcool: 13%
Acidez total: 5,90g/l (ácido tartárico)
Acidez volátil: 0,33 g/l (ácido acético)
Açúcares totais: 8 g/l (glicose)
pH: 3,13
Pressão:5,8 kgf/cm2
Conclusão:

Um excelente espumante brasileiro que, facilmente, suplanta muitos espumantes produzidos na Champagne.

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