Quando comecei a estudar o vinho brasileiro há décadas passadas era dificil provar um rótulo que realmente prestasse. Me lembro que há 50 anos, vinhos bons eram Granja União, Georges Aubert e algum outro garimpado com muita paciência. Na década de 1980 a situação começou a mudar para, finalmente, na década de 1990, acontecer o grande salto.
Escrevi muito sobre os bons vinhos brasileiros, não por ouvir falar, mas por visitar vinhedos e adegas brasileiras, da mesma forma que o fiz mundo afora. Quem conhece, estabelece parâmetros técnicos de comparação. Isso alimentava intermináveis conversas e discussões com os saudosos Saul Galvão e Sergio Paula Santos, e nos ajuda nas conversas com outras autoridades que estão de taça na mão por ai.
Eu recebo dezenas de comunicações por dia e avalio o grau de desconhecimento de uma pessoa ´pelo padrão de crítica que faz. Há 20 anos passados era moda meter o pau no vinho brasileiro, hoje, diante da aprovação internacional através de mais de mil premiações de relevo, da opinião positiva de uma Jancis Robinson, da participação de um Michel Roland, as posturas mudaram, a menos das pessoas pequenas e ignorantes de vinho.
Vem bem a calhar, a notícia que segue.
Os vinhos e
espumantes brasileiros acabam de trazer da Alemanha mais seis Medalhas de Prata,
ampliando o ranking de premiações internacionais. Desta vez foi no Concurso
MundusVini International Weinakademie, realizado de 24 a 26 de agosto e de 31 de
agosto a 02 de setembro em Neustadt, na Alemanha. As 6.019 amostras inscritas no
evento foram avaliadas por 300 degustadores de 46
países.
Para o diretor da
Associação Brasileira de Enologia (ABE), enólogo
Juliano Perin, que esteve representando o Brasil no concurso, o grande destaque
ficou por conta da organização do concurso, que seguiu o estilo germânico.
"O serviço do vinho foi impecável, de
primeira linha. O evento cumpria rigorosamente o horário, dando um intervalo
ideal entre as amostras, de forma que possibilitasse ao degustador todo o tempo
necessário para a correta apreciação e avaliação do vinho”, destaca. Perin
comenta, ainda, que a agilidade na tomada de decisões foi determinante para o
sucesso do evento.
Realizado em dois
finais de semana, o concurso foi marcado pelo grande número de amostras, o que
levou os organizadores a montar júris diferentes para cada período e também
oportunizou a degustação de vinhos e espumantes por países, uma característica
particular do evento.
Casa Valduga Espumante Reserva
Brut 2009- Casa Valduga Vinhos Finos
Casa Valduga Raízes Sauvignon
Blanc 2012 - Casa Valduga Vinhos Finos
Famiglia Zanlorenzi 70 anos Tinto
2009 - Famiglia Zanlorenzi
Garibaldi Espumante Moscatel -
Cooperativa Vinícola Garibaldi
Garibaldi Espumante Primicias
Brut - Cooperativa Vinícola Garibaldi
Miolo Miléssime
Brut - Miolo Wine Group
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