A primeira corrente de introdução de videiras no Brasil foi de origem uruguaia (espanhola) que entrou por Uruguaiana e correu a Campanha Gaucha ao longo da divisa com aquele país. Uvas européias boas, vinhos bons de viníferas, porém com a explosão de vinhos de híbridas americanas pelos italianos da Serra Gaúcha, aquela produção não suportou a concorrência. Uma pena porque o vinho brasileiro começou com cara das americanas e, até hoje, a maior parte da nossa produção é desses vinhos rascantes de qualidade inferior.
Com a vinda da norte-americana Almadén, que se instalou na Campanha Gaúcha na década de 1970, inaugurou-se uma nova fronteira vinícola baseada nos vinhedos dos pampas. Muitas outras iniciativas ampliaram os vinhedos dessa região. Recentemente, na Estância Guatambu, foi iniciado um projeto de primeira grandeza, visando vinhos finos.
Atualmente a Vinícola Guatambu se prepara para inaugurar, no verão que se aproxima, a sua vinícola enoturística,
situada próximo à sede da Estância Guatambu, na BR 293, a cerca de 14Km da
cidade de Dom Pedrito, localizada entre Bagé e Livramento. Instalada em pleno
pampa gaúcho, o projeto busca uma identificação com a arquitetura local, a
cultura gaúcha e as influencias das estâncias da região do pampa.
Com uma
produção estimada em 180 mil garrafas, a vinícola terá toda parte construída totalmente adaptada para o enoturismo, incluindo sala de degustação técnica,
auditório, varejo, espaço gourmet com culinária típica da região e salão de
eventos com capacidade para servir em torno de 250 pessoas, o que totalizará uma
área edificada de 3.000 m².
“Pretendemos oferecer tours na vinícola com
degustações, jantares harmonizados com chefs especializados e, além disso,
vamos oportunizar aos visitantes um passeio à cavalo pelos vinhedos, além de
mostrar o gado Hereford que produzimos” – complementa Gabriela Pötter, uma das
proprietárias da Guatambu. “Queremos que o visitante sinta a paz que o pampa
gaúcho transmite, através do contato com a natureza e sua vastidão”.
Na área de lazer
externa, para caracterizar o estilo do campo, foram projetados espaços com fogo
de chão. O projeto é assinado pelo arquiteto Celestino Rossi (autor das ilustrações dessa matéria), e a decoração
interna em estilo rústico, assinada pela arquiteta Deise Pires de Pires.
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